Ângelo Brou, à margem de um seminário sobre Gestão de Estádios, no Porto, recordou que o assunto “não foi ainda resolvido, porque houve oposição” da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).

“Não sei se há razão para esta greve. Mas esse é um assunto que está tratado e não foi ainda resolvido porque houve oposição da APAF. Mas, há um despacho do secretário de Estado da Juventude e Desporto e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que está pronto desde 2009 para ser assinado e sê-lo-á após a aprovação do orçamento”.

A decisão de avançar com esta greve, promovida pela Confederação das Associações de Juízes e Árbitros de Portugal em protesto contra o Regime Fiscal e o Código Contributivo da Segurança Social, foi tomada a 22 de Outubro, após uma reunião que contou com a presença de todos os Conselhos de Arbitragem Distritais de futebol.

“Não sei como a greve pode afectar (as jornadas que se disputam a 6 e 7 de Novembro e incluiu um FC Porto-Benfica). Há árbitros, mas no caso de não existirem há regulamentos que prevêem essas situações”, explicou.

Ângelo Brou pediu ainda aos árbitros para se “informarem sobre o que está previsto para resolver os problemas que reivindicam há bastante tempo”. “E não é por menor intervenção da FPF que o assunto ainda não esta resolvido. A curto prazo tudo estará resolvido”, garantiu.

Fernando Gomes, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), também presente no seminário, recusou-se a comentar o assunto.

O presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da LPFP confirmou hoje à Agência Lusa já ter recebido “cerca de uma dezena” de declarações de indisponibilidade de árbitros para a décima jornada da prova.

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luís Guilherme, tinha revelado também hoje à Agência Lusa que a “esmagadora maioria dos árbitros portugueses” estão a mostrar-se indisponíveis para apitar a 6 e 7 de Novembro.