Vítor Pereira promete falar sobre o “cenário de greve” na arbitragem, nos dias 6 e 7 de Novembro, assim que “todos os dados estiverem devidamente escrutinados”, mas promete que a LPFP tudo fará para “garantir o normal decurso das competições profissionais”.

“Vou ter de falar com o presidente da Liga (Fernando Gomes). Eu ou o organismo abordaremos em concreto esta questão mais tarde, mas confirmo que a Comissão de Arbitragem já recebeu cerca de uma dezena de declarações (de indisponibilidade) ”, revelou Vítor Pereira.

Sobre a hipótese dos jogos da décima jornada, e em concreto o “clássico” entre FC Porto e Benfica, não se realizarem por falta de árbitros, Vítor Pereira admite que este cenário “é uma das possibilidades”, mas insiste que a LPFP e a Comissão de Arbitragem “tudo farão para garantir o normal decurso dos jogos”.

“Estamos a falar de cenários inseridos no âmbito de um calendário preenchido, o que torna mais complicados os adiamentos de jogos”, admitiu Vítor Pereira.

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luís Guilherme, já tinha revelado hoje à Agência Lusa que a “esmagadora maioria dos árbitros portugueses” estão a mostrar-se indisponíveis para apitar a 6 e 7 de Novembro.

Segundo Luís Guilherme a iniciativa não pode ser considerada uma “greve”, porque os árbitros em Portugal não são profissionais.

A decisão de avançar com esta iniciativa, promovida pela Confederação das Associações de Juízes e Árbitros de Portugal em protesto contra o Regime Fiscal e o Código Contributivo da Segurança Social, foi tomada a 22 de Outubro, após uma reunião que contou com a presença de todos os Conselhos de Arbitragem Distritais de futebol.

Luís Guilherme explicou que, no caso de não se apresentarem os árbitros nomeados para os jogos, aqueles "terão de ser encontrados na assistência e, de acordo com os dois delegados [ao jogo], serão escolhidos três [espectadores] para dirigir os encontros", sejam eles árbitros ou não.