Com 57,6 milhões de euros de receitas operacionais excluindo passes de jogadores, a rubrica de publicidade e sponsarização é a que representa a maior fatia, com 14,2 milhões de euros, à frente da bilheteira (11,1 milhões), ou das receitas de TV (8,4).

Os custos operacionais, que atingiram os 63 milhões de euros, são consumidos essencialmente pelos custos com o pessoal, num total de 39,3 milhões de euros, apesar de terem recuado 8,2 milhões de euros relativamente ao ano anterior.

O recuo nos custos salariais permitiu baixar dois pontos, para os 68 por cento, o rácio salários/proveitos operacionais, mantendo-se dentro do limite de 70 por cento recomendado pela UEFA.

Como tem acontecido nos últimos anos, o FC Porto equilibrou as contas através da transacção de jogadores, tendo conseguido mais de oito milhões positivos entre compras e vendas, o que permitiu fechar o ano com resultados operacionais de 2,9 milhões de euros, ainda assim longe dos 11,2 milhões positivos do ano anterior.

Com um activo de 182,9 milhões de euros e um passivo de 160,1 (diminuiu 0,7 milhões relativamente ao ano anterior), os capitais próprios estabilizaram nos 22,8 milhões de euros, o que mantém a sociedade no âmbito do art. 35 das sociedades comerciais, que obriga a que o capital próprio seja igual ou superior a metade do capital social.

A SAD do FC Porto chegou durante o último ano a estar fora do âmbito deste artigo, mas os custos no último trimestre, de Abril a Junho, acabaram por fazer os capitais próprios recuarem para os valores de Junho de 2009.

As contas agora tornadas públicas ainda não contabilizam as mais valias geradas com as transferências de Bruno Alves, para o Zenith S. Petersburgo, e de Raul Meireles, para o Liverpool, que se realizaram em Agosto, já depois do fecho das contas do exercício 2009/10.