Kléber aproveitou um erro defensivo algarvio para marcar cedo e o Marítimo, que esteve mais de uma hora a jogar em inferioridade numérica, só cedeu o empate a dez minutos do fim, após uma segunda parte de muita pressão do Olhanense.

Com este empate, o Olhanense surge no quinto lugar, à condição, com 13 pontos, enquanto o Marítimo continua no 14.º lugar, com os mesmos pontos do Portimonense (sete).

Depois de uma fase de estudo normal entre as duas equipas, o Marítimo colocou-se em vantagem na primeira ocasião de perigo do encontro, aos 7 minutos.

Briguel colocou a bola no ataque, Jardel e Moretto desentenderam-se na hora de cortar o lance, Kléber foi mais astuto, roubou a bola e atirou para a baliza deserta.

Aproveitando a reacção apática dos algarvios, o Marítimo esteve perto de aumentar o resultado aos 18 minutos: Roberge marcou um livre frontal, a bola ressaltou na barreira e foi parar a Danilo Dias, que ganhou espaço e atirou cruzado, com a bola a passar rente ao poste.

Aos 32 minutos, numa fase em que os algarvios tinham mais posse de bola mas não tinham espaços para criar ocasiões, o Marítimo ficou reduzido a dez elementos, com Alonso a derrubar Vinicius por trás e a ver o cartão vermelho.

A decisão de Bruno Paixão foi muita contestada pelos forasteiros que, aos 40 minutos, voltaram a protestar por uma alegada cotovelada de Maurício a Kléber, embora o árbitro só tenha mostrado o amarelo ao central brasileiro.

Depois de ter acabado a primeira parte “em cima” do adversário, o Olhanense entrou ainda mais dinâmico após o intervalo, criando duas grandes oportunidades.

Aos 52 minutos, Lulinha surgiu isolado na área mas rematou fraco e sem direção, ante a “mancha” de Marcelo Boeck, e um minuto depois foi o guardião brasileiro a salvar a dois tempos uma cabeçada de Cadu.

Daúto Faquirá já tinha colocado Lulinha ao intervalo e, face ao pendor cada vez mais defensivo do Marítimo, arriscou tudo, tirando o “trinco” Fernando Alexandre e o central Mauricio para colocar Toy e Djalmir ao lado de Yontcha no ataque.

A pressão avassaladora do Olhanense na segunda parte, que incluiu um cruzamento-remate de Jorge Gonçalves à barra, aos 75 minutos, acabaria por gerar o golo da igualdade, a dez minutos do final.

Lulinha desenhou a jogada na direita do ataque, atrasando para Jorge Gonçalves, que cruzou a bola para a cabeçada certeira de Yontcha.

O Olhanense procurou o segundo golo nos últimos minutos mas o Marítimo, que na segunda parte só rematou à baliza de Moretto aos 88 minutos, aguentou bem a investida algarvia, acabando mesmo com nove elementos, por expulsão de Baba nos descontos.