Análise à equipa do Benfica: 

Roberto – Sem hipótese nos golos sofridos, acabou cedo a ‘imbatibilidade’ de Roberto na Liga, depois de cinco jogos sem mácula. Sofreu quase tantos como nas anteriores nove jornadas e mesmo assim foi um dos… menos maus do Benfica.

Maxi Pereira – Saiu do Dragão com o consolo dos golos sofridos não terem nascido no seu flanco, embora tenha acabado a partida com saldo negativo no duelo com Varela. 

Luisão – Pior era impossível para o capitão encarnado. Falhou na marcação a Falcao nos dois golos do colombiano e para borrar a pintura por completo agrediu Guarin. Bem expulso por Pedro Proença, deixou a equipa ainda mais à deriva.

Sidnei – Foi a surpresa no onze encarnado, mas foi um regresso ingrato para o jovem central. Nunca teve ritmo para acompanhar o ataque portista e saiu ao intervalo.

David Luiz – Era o ‘muro’ que Jorge Jesus queria para travar Hulk, mas abriu brechas logo aos 10’. Jorge Jesus repetiu o erro que tinha feito em Liverpool na época passada, para a Liga Europa, de onde saiu com uma goleada (4-1). Nunca se encontrou no lugar de lateral e apenas se recompôs ligeiramente no posto de central na segunda parte. Um jogo para esquecer.

Javi García – Engolido pelo meio-campo portista, o espanhol não conseguiu ser o primeiro construtor da equipa. No entanto, o pior foi não ter assumido o papel de bombeiro na defesa do Benfica, como tantas vezes sucede.

Coentrão – Era o jogador a despertar maior respeito entre os dragões, mas esteve pouco em acção, sem apoio e bem marcado. Voltou ao lugar de lateral na segunda parte, mas nem ele foi capaz de parar Hulk, cometendo a falta para o penálti.

Carlos Martins – Esteve a anos-luz do grande jogo que fez com o Lyon e raramente conseguiu pegar na batuta. Foi presa fácil para a máquina azul e branca, apesar de se ter destacado como o elemento mais rematador da equipa encarnada.

Aimar – Perdido entre o meio-campo e o ataque, o argentino tentou jogar entre as linhas mais recuadas dos dragões, mas a estratégia de Jorge Jesus saiu ‘furada’. Pareceu acusar a falta do amigo Saviola.

Salvio – Ainda tentou algumas arrancadas na primeira parte, mas sem a companhia dos colegas. Com o avolumar da goleada tornou-se praticamente invisível.

Kardec – O ponta-de-lança brasileiro esteve sempre entregue à sua sorte e na noite de ontem raramente conseguiu tocar na bola, quanto mais fazer a diferença.

Gaitán (Sidnei, 45’) – Individualista, perdeu alguns lances que podiam ter dado origem a contra-ataques perigosos. 

Roderick (Carlos Martins, 72’) – O jovem central estreou-se na Liga no jogo mais improvável, mas entrou já com o naufrágio da equipa em curso.

Ruben Amorim (Salvio, 79’) – Regressado aos relvados após longa ausência, o internacional português nada conseguiu fazer para tapar as muitas brechas na defesa.