Um ano brilhante para a equipa de André Villas-Boas que ainda não sabe o que é perder. Mas no encontro desta noite, na Mata Real, assistiu-se a um FC Porto de duas caras. Valeram os golos de Otamendi (10), Hulk (90), de grande penalidade, e Walter (90+2).

Os Dragões entraram fulminantes na partida e efectuaram um primeiro quarto de hora "a todo gás", não deixando a equipa pacense respirar. Na segunda parte houve um ligeiro domínio dos pacenses porque os jogadores portistas, desgastados, deixaram os “castores” rolar o seu futebol.

Nos primeiros quinze minutos que o FC Porto conseguiu colocar-se em vantagem com o golo do central Otamendi. Aos 10 minutos de jogo, e depois de livre marcado por Hulk, Otamendi surgiu livre de marcação junto ao segundo poste e inaugurou o marcador. Recorde-se que o argentino foi o autor do golo 300 do FC Porto no desafio com o CSKA Sófia.

Depois do golo, os jogadores portistas foram buscar imediatamente a bola para repor o jogo, demonstrando que os azuis e brancos estavam na Mata Real para golear.

A equipa de André Villas-Boas continuou a carregar mas começou a falhar (de forma inacreditável) lances que poderiam dar uma vantagem mais confortável. Falcao falhou duas oportunidades de golo e Hulk outra.

Só nos últimos quinze minutos do primeiro tempo é que o FC Porto abrandou, deixando respirar o Paços de Ferreira, e a equipa da casa começou a ameaçar a baliza de Helton.

Ao intervalo, o marcador apontava um 1-0, favorável ao FC Porto.

A segunda parte começou como acabou a primeira. O Paços de Ferreira entrou melhor e só não marcou porque a ineficácia teimava jogar lado a lado com Mário Rondon.

O FC Porto do primeiro tempo desapareceu, mostrando sinais de desgaste, e a formação de Rui Vitória soube aproveitar da melhor forma, com cinco lances de grande perigo, mas o golo do empate, esse, não apareceu.

Nota para a grande defesa de Helton ao minuto 77. Após um centro na esquerda, o guardião socou a bola para a frente e na ressaca Pizzi cabeceou para a baliza. O guardião brasileiro, novamente, com uma excelente intervenção, evitou o empate.

Os azuis e brancos conseguiram marcar o segundo tento do encontro já em cima do minuto 90 quando Artur Soares Dias assinalou grande penalidade por eventual mão de David Simão na área, após livre de Guarín, e que levou os adeptos pacenses a protestarem muito. Na conversão o “incrível” Hulk não falhou.

Já em tempo de desconto, Hulk assistiu Walter e o brasileiro só teve de empurrar para o fundo das redes, fazendo o terceiro e último golo dos Dragões.

Os Dragões terminam o ano 2010 com 36 jogos sem conhecer o sabor da derrota e em primeiro lugar da I Liga, com 38 pontos (mais oito que o segundo classificado, o Benfica).