A margem de erro do Benfica era mínima à partida para este jogo com a Académica e ficou ainda mais estreita com o triunfo do FC Porto sobre a Naval.

Apesar deste cenário, Jorge Jesus decidiu deixar Aimar e Maxi Pereira no banco, elegendo Rúben Amorim e Carlos Martins para o ‘onze’. A aposta do treinador do Benfica acabou por surtir efeito, com os encarnados a entrarem de forma positiva e muito pressionante, à semelhança da imagem deixada nos últimos jogos. O domínio do campeão nacional empurrava a Académica para a sua defesa, mas sem com isso criar muitas ocasiões claras de golo.

Carlos Martins atirou por cima da barra, aos 9’, e Coentrão cabeceou por cima da baliza de Peiser, aos 13’. Era esta a expressão ofensiva dos encarnados até chegar o golo, de forma feliz, fortuita e aparentemente irregular.

Aos 18’, Cardozo converte um livre frontal e o remate desvia em Saviola, que estava em fora-de-jogo, o que gerou enormes protestos da equipa de José Guilherme. Contudo, Elmano Santos nada assinala, validando o lance e a festa dos adeptos encarnados em Coimbra. Cinco minutos volvidos, Salvio desperdiça isolado a chance de fazer o segundo golo da equipa de Jorge Jesus.

A Académica revelava muitas dificuldades para organizar o seu ataque, denotando pouca velocidade e inteligência a explorar os espaços na defesa do Benfica. No entanto, as águias recuaram um pouco e Miguel Fidalgo encontrou espaço para causar um susto a Roberto. Aos 26’, o avançado dos estudantes foge e atira isolado, mas a mancha do guardião espanhol evita o golo.

Numa toada um pouco mais repartida, marcada ainda assim por mais dois ‘avisos’ de Cardozo ao guarda-redes Peiser, surgiu a expulsão de Pape Sow. O árbitro Elmano Santos considerou que o médio entrou de forma demasiado dura sobre o avançado paraguaio a meio-campo e exibiu o cartão vermelho directo, reduzindo os estudantes a 10 jogadores.

Se a tarefa da ‘Briosa’ já não estava fácil, mais complicada se tornou com a expulsão e José Guilherme viu-se obrigado a trocar Miguel Fidalgo – o seu elemento mais perigoso – por Luiz Nunes.

O Benfica chega assim ao intervalo em vantagem, fruto do golo de Saviola, que marca assim pelo oitavo jogo consecutivo, embora hoje o tento esteja ferido por uma posição irregular.