O antigo vogal do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) João Carrajola de Abreu conhece esta segunda-feira, no Porto, a sentença de um processo movido pelo FC Porto, por declarações a um jornal desportivo.

Na entrevista, publicada em Novembro de 2008, João Carrajola de Abreu referiu que «Gonçalves Pereira (então presidente do CJ da FPF) estava a agir não apenas por ele», quando tentou afastá-lo da votação «por suspeição nos processos, alegando incompatibilidade de funções».

«Foi estratégia combinada com o Boavista e o FC Porto com o propósito de alterar o sentido de voto dos acórdãos sobre os recursos das decisões da Comissão Disciplinar (CD) da Liga em declarar a despromoção do Boavista e punir Pinto da Costa por tentativa de corrupção» no âmbito do processo Apito Final, disse, então.

O Ministério Público pediu a absolvição de João Carrajola de Abreu por entender que «não foram provados elementos típicos do crime» e por ter «indícios fortes de que o arguido agiu convicto da veracidade das declarações», o que se enquadra no «exercício legítimo da liberdade de expressão».

A leitura da sentença do julgamento que opõe o FC Porto ao antigo vogal do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), João Carrajola de Abreu, está marcada para as 14h00, no Tribunal do Bolhão.