José Couceiro comentou hoje em conferência de imprensa a saída de Costinha do Sporting, na sequência da polémica entrevista à SportTV, e vincou o carácter colectivo da decisão sobre a transferência de Liedson para o Corinthians.

«Todos nós soubemos na mesma altura. Há uma decisão do Sporting e temos de ser solidários com ela. A situação está consumada e temos de trabalhar com os meios que temos. Foi uma decisão colectiva, não vou personalizar nem dizer como o processo decorreu», afirmou o director geral do Sporting, reagindo à afirmação do ex-director para o futebol, que tinha dito que tomara conhecimento da venda de Liedson ao mesmo tempo que Paulo Sérgio, deixando entender que ambos teriam sido os últimos a ser informados.

Sublinhando manter «uma excelente relação com Costinha», José Couceiro desmistificou ainda a alegada perda de poderes do ex-director aquando da sua entrada no início de Janeiro. «Ele não baixou na estrutura, as nossas funções eram diferentes. Podem entender como complementares, mas não são coincidentes. Costinha não teve nenhuma redução do seu espaço de acção. Eu ganhei o espaço de acção por parte do presidente», frisou.

Confrontado com outra frase de Costinha, que disse que José Couceiro iria «resolver o mesmo, ou seja, nada», o dirigente relativizou, reiterou a importância da «lealdade» ao clube e refutou a ideia de ataque pessoal: «O Costinha estava a referir-se a meios, não a pessoas. O problema não é só ter capacidade financeira. Sabia que havia limitações. Os recursos são escassos para todos, nós temos é de encontrar soluções para isso».

José Couceiro aproveitou ainda para lamentar a saída de Costinha, formalizada esta quarta-feira. «Nunca tive qualquer tipo de problemas, nem atritos. Lamento que esta situação tenha acontecido, nunca são situações boas», concluiu.