Em entrevista ao jornal A Bola, Carlos Pereira explica o imbróglio do caso Kléber, jogador do Atlético Mineiro emprestado aos insulares.

«Em Julho, talvez, não me recordo de cor da data precisa, o FC Porto faz uma proposta de 2,3 milhões de euros pelo Kléber ao Atlético Mineiro. O Marítimo deu a sua concordância para que o negócio fosse efectuado. Mas a proposta do FC Porto é por 50 por cento dos direitos. O Marítimo dava a sua quitação pelo valor de 20 por cento sobre aquela percentagem. Não podemos aceitar que nos seja exigida uma quitação sobre 100 por cento. O Marítimo é uma sociedade anónima da qual o Governo faz parte, que é auditada, tem Revisores Oficiais de Contas, não posso permitir que isto aconteça. Caso contrário corro o risco, eu, de ser acusado de me ter apropriado de valores que não são contabilizados. Essa é a grande discussão em todo este processo», disse o presidente marítimista.

Carlos Pereira não tem receio de «mostrar a verdade dos factos», algo que assume não abdicar, «nem para o FC Porto nem para qualquer outra instituição».

Para o dirigente do clube madeirense, «FC Porto usa as pessoas como se fossem guardanapos: limpa e depois deita fora».