O FC Porto anunciou hoje a intenção de «instaurar de imediato uma acção judicial» ao presidente do Marítimo, Carlos Pereira, dada a «falsidade e gravidade» de algumas das suas declarações ao jornal A Bola.

«A acção intentada pela FC Porto - Futebol, SAD não invalida outras, que possam ser levadas a cabo pelas pessoas atingidas, em termos individuais», refere ainda o comunicado divulgado no sítio dos ‘dragões’.

Em causa estão declarações proferidas pelo presidente do Marítimo, Carlos Pereira, num entrevista publicadas na edição de sábado de A Bola, em que questiona, nomeadamente, algumas contratações do FC Porto.

«Por exemplo, o Ferreira, o Ezequias, a contratação do Beto, esta do Kléber. Penso que o Ministério Público tem muito para fazer nesta área analisando e confrontando datas, valores, desportivos e pagos», afirmou Carlos Pereira.

O presidente do clube insular põe em causa a transparência da transferência do avançado brasileiro Kléber, que está emprestado pelo Atlético Mineiro ao Marítimo e na próxima época vai para o FC Porto.

«Como é possível que o presidente do Atlético Mineiro venha afirmar, de viva voz, que o valor oferecido pelo FC Porto era superior ao do Sporting? Onde para o dinheiro? No saco azul?», questiona.

Carlos Pereira diz que o «FC Porto usa as pessoas como se fossem guardanapos, limpa e deita fora», e adianta ainda que já tentou ajudar o Ministério Publico a descobrir o que se passa em algumas transferências.

Numa entrevista de três páginas, Carlos Pereira diz ainda que já viu Alexandre Pinto da Costa (filho com quem Pinto da Costa estava desentendido) na tribuna do FC Porto e que «agora já só resta ver [Luís] Filipe Vieira», presidente do Benfica.

Carlos Pereira desvaloriza as ameaças que diz ter recebido, com um «basta à intimidação», e desafia os visados:

«Se tiverem coragem podem enfrentar-me que não fujo» é o título da segunda parte da entrevista.