O Marítimo garantiu hoje três importantes pontos na luta pela permanência na Liga de futebol, ao vencer fora a Naval 1.º de Maio por 3-0, deixando o clube da Figueira da Foz à beira do abismo.

Depois de na semana passada ter perdido em casa com o Rio Ave (1-0), a turma insular deu um pontapé na crise e passou a somar 25 pontos, restando-lhe sete jornadas para conquistar cinco pontos e atingir a fasquia dos 30, considerados suficientes para garantir a permanência.

O Marítimo subiu ao 12.º lugar, com os mesmos 25 pontos do 13.º, a Académica, e mais quatro do que Vitória de Setúbal. Naval 1.º de Maio e Portimonense, dos dois clubes colocados abaixo da “linha de águia”, já estão a nove e dez pontos, embora os algarvios ainda visitem hoje o Benfica.

Os primeiros 45 minutos tiveram praticamente um só sentido, com o Marítimo a evidenciar grande superioridade, a marcar dois golos e desperdiçar mais duas soberanas ocasiões.

Depois do empate a zero no terreno do Paços de Ferreira, o treinador navalista, Carlos Mozer, manteve praticamente a mesma equipa, sendo a excepção Tiago Rosa, que substituiu o suspenso Carlitos.

Pedro Martins, por seu turno, operou uma revolução no “onze” madeirense, chamando à titularidade Briguel, Robson, Roberge, Benachour e Kléber, que substituíram, Alonso, Ricardo Esteves, Danilo Dias, João Guilherme (castigado) e Sidnei.

O Marítimo entrou de forma determinada na partida e marcou dois golos em apenas dois minutos, com Kléber (23) e Djalma (25) a mostrarem a inequívoca superioridade insular, que podia ter sido ainda mais evidente se Benachour (13) e Kléber (18) não tivessem desperdiçado outras oportunidades.

No lance do primeiro golo, Briguel subiu ao meio campo local e cruzou para o coração da área, onde Kléber surgiu a cabecear nas alturas. Dois minutos depois, Djalma aproveitou o adiantamento defensivo da Naval e isolou-se perante Salin, não tendo dificuldade para elevar para 2-0.

Os figueirenses tiveram o seu melhor registo num remate de Godeméche que Marcelo desviou com uma boa estirada e num outro de Michel Simplício contra o poste.

Pouco conformado com o rumo dos acontecimentos, no reatar da partida Carlos Mozer deixou Godemèche e Edivaldo Bolívia no balneário, surgindo no seu lugar Godinho e Hugo Machado. Quinze minutos depois ainda trocou Marinho por Bruno Moraes.

Mas nos segundos 45 minutos a partida perdeu alguma intensidade, pois o Marítimo preocupou-se mais em gerir a vantagem de dois golos.

Aos 85 minutos, Baba fez o impensável, falhando um golo com a baliza deserta, mas dois minutos depois redimiu-se com um chapéu a Salin que fechou a contagem em 3-0.