O treinador do FC Porto afirmou hoje, após a vitória (2-0) sobre a União de Leiria, que não está obcecado em ser campeão nacional de futebol no Estádio da Luz, diante do Benfica, dentro de duas jornadas.

No Estádio Municipal de Leiria, os “dragões” venceram a União de Leiria em embate da 23.ª jornada, e ficaram a nove pontos do título, que podem ser seis, caso vençam nas próximas duas jornadas, em jogos diante da Académica e do Benfica.

Para André Villas-Boas, depois do triunfo em Leiria, «o mais importante é que faltam duas vitórias que nos levam ao título» e, «correndo tudo bem, essas vitórias podem ser com Académica e Benfica».

«Esse é o nosso estímulo», sublinhou o treinador do FC Porto, lembrando «uma segunda volta muito superior, com um número considerável de vitórias consecutivas», onze.

Ao mesmo tempo, desvalorizou a possibilidade de ser campeão no Estádio da Luz: «Não é uma obsessão, nem pode ser. O Benfica teve essa oportunidade no ano passado [ser campeão no Estádio do Dragão], tornou-se numa quase obsessão, e acabou por falhar. Se não acontecer, teremos cinco jogos para o concretizar. Será pena, porque falharemos nos objectivos internos. Mas se ganharmos à Académica na próxima jornada, mantemos esse objectivo vivo».

Do lado da União de Leiria, Pedro Caixinha lamentou a quinta derrota consecutiva em casa, o pior registo de sempre dos leirienses no seu estádio, a que se junta o facto de não terem marcado qualquer golo nas últimas cinco partidas.

«Não estamos satisfeitos, mas não estamos preocupados. A equipa tem de dar uma resposta em Alvalade, na próxima jornada, mas será sempre no contexto fora de casa», sublinhou Pedro Caixinha.

A fraca prestação frente o FC Porto frustrou as expectativas do técnico da União de Leiria: «A nossa estratégia não passava apenas e só por defender. Mas faltou-nos mais personalidade, mais carácter e acreditar mais em explorar o espaço que existia nas costas da defesa do FC Porto».

Pedro Caixinha lembrou que o plantel leiriense ainda não recuperou das saídas de Silas e Carlão e também das lesões de longa duração de N'Gal, Marco Soares e Zhang.

«Eram peças fundamentais no nosso jogar. Mas estas são as armas que temos e acreditamos que estes jogadores vão fazer coisas muito interessantes até ao final do campeonato», concluiu.