O antigo jogador do Estrela Amadora sofreu a amputação das duas pernas na sequência de um acidente de viação, ocorrido a 24 de Maio de 2005, quando se dirigia para um treino do Tourizense, clube ao qual estava emprestado, e embrenhou-se numa batalha jurídica que durou seis anos.

O tribunal considerou ter-se tratado de um acidente de trabalho e reconheceu-lhe uma incapacidade permanente parcial de 86,5 por cento, condenando o Estrela da Amadora ao pagamento de uma pensão anual vitalícia de 18.798,51 euros e a um subsídio de elevada incapacidade de 4.496,40 euros.

Como o clube amadorense foi declarado judicialmente insolvente, será o Fundo de Acidentes de Trabalho a suportar o pagamento daqueles valores, o que acontecerá a partir do momento em que obtenha da Segurança Social os valores descontados por Humberto Miranda.

«Devemos alertar os demais jogadores para as vicissitudes da profissão», observou Joaquim Evagelista, alertando que os futebolistas devem «salvaguardar nos contratos tudo aquilo que diz respeito à saúde e protecção social».

O presidente do SJPF lamentou que «alguns clubes procurem reduzir os encargos à custa do sofrimento dos jogadores», assinalando que «os seguros não são caros», apesar de não serem obrigatórios para futebolistas amadores, como Humberto Miranda.