Dias Ferreira, candidato derrotado às eleições do Sporting de sábado, admitiu hoje ter havido irregularidades no ato eleitoral, mas aceita o seu resultado e não se vai envolver em qualquer contenda judicial.

«Aceita-se democraticamente a votação conferida pelos associados à lista da mudança por mim encabeçada, assente na defesa dos valores do clube, na ética e na convicção da necessidade de unir os sportinguistas em torno de um projecto ganhador», lê-se no documento assinado por Dias Ferreira, a que a Agência Lusa teve acesso.

No entanto, o antigo presidente da mesa da Assembleia-Geral, que abdicou do cargo para se candidatar às eleições do passado sábado, nas quais Godinho Lopes saiu vencedor, não se quer envolver em contendas judiciais, apesar de considerar ter havido irregularidade.

Dias Ferreira considera que a mesa da assembleia-geral eleitoral não funcionou «nos termos previstos nos termos do nº 2 do artº 48º dos Estatutos», além de que acusa «haver uma discrepância não justificada entre o número de votantes registados (14 205) e o número de votantes nas urnas: CD (14 619), AG (14 583), CF (14 599) e CL (14 536).»

O líder da lista D condenou ainda «todos os actos de violência» ocorridos no Estádio José Alvalade, por «mancharem o bom nome do Sporting Clube de Portugal».

Dias Ferreira esclarece ainda em comunicado que, no caso de anulação do ato eleitoral de 26 de Março, não pretende envolver-se como candidato, nem apoiará qualquer das listas submetidas a sufrágio.

Segundo os resultados anunciados pelo Sporting, domingo, Godinho Lopes venceu as eleições para o clube, com 36,55 por cento dos votos, contra 36,15 de Bruno Carvalho, 16,54 de Dias Ferreira, 8,80 de Pedro Baltazar e 1,95 de Abrantes Mendes.