A Casa do Benfica de Ermesinde foi apedrejada na noite de sexta-feira, o que provocou vários danos, nomeadamente a quebra do vidro de uma janela, revelou hoje à agência Lusa o seu presidente, Adérito Silva.

«É a sexta ou sétima vez que somos atacados, na última das quais tivemos um prejuízo de sete mil euros», disse Adérito Silva, que viu dessa vez a Casa do Benfica ser «pintada de azul», situação que se «mantém parcialmente» pelo facto de a tinta «ser de difícil remoção».

Sobre a ocorrência da noite de sexta-feira para sábado, Adérito Silva preferiu fazer ironia, por entender que se «chegou a um ponto em que o clima é de tal ordem perigoso que o mais sensato é não acicatar os ânimos».

Segundo ele, os responsáveis pelo ocorrido são dois: a senhora que vende bebidas no bar da Casa do Benfica e o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde.

«A senhora do bar porque vende Superbock [patrocinadora do FC Porto e do Sporting] em vez de Sagres (patrocinadora do Benfica], o que leva os benfiquistas que frequentam a Casa, aborrecidos, a atirarem as garrafas para a estrada, as quais, ao quebrarem, espirram a cerveja para as paredes do edifício, deixando-os com um tom azulado», comentou.

Quanto às culpas do presidente da Junta, têm a ver, na sua óptica, com o «cimento azul de má qualidade» que utilizaram na estrada fronteira à Casa, o que fez com que os «paralelos se soltassem e fossem embater nos vidros, quebrando-os».

Adérito Silva lembra ainda que «temeu pela vida» numa das seis ou sete vezes em que a Casa do Benfica foi atacada, quando foram «arremessadas facas para dentro das instalações», tendo uma delas «atingido uma senhora».