O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) disse hoje acreditar que um árbitro português poderá arbitrar uma final europeia ainda este ano «ou o mais tardar na próxima época».

Em Castelo Branco, Vítor Pereira destacou as 61 nomeações internacionais que os árbitros portugueses tiveram na temporada transacta, salientando que «este ano os números andam na mesma linha, mas o grau de dificuldade dos jogos tem sido superior».

«Espero que tanto a UEFA como a FIFA continuem a reconhecer o esforço que temos vindo a fazer para dotar os nossos árbitros de um quadro superior de condições e competências», sublinhou.

Vítor Pereira admitiu que acções desenvolvidas para promover uma melhor compreensão da arbitragem «têm contribuído para algum apaziguamento», aludindo aos 75 jornalistas e comentadores que «participaram até agora nas acções de formação».

O dirigente mostrou ainda confiança nos árbitros para a fase final dos campeonatos, elogiando a prestação física dos juízes.

«Como nos anos anteriores, nesta fase final da época há ainda muitas coisas por decidir, tanto na Liga como na Liga Orangina. Espero que os árbitros estejam ao melhor nível e sejam o garante de imparcialidade. Os testes físicos dizem que estão no melhor momento de sempre», assegurou.

Já o internacional Olegário Benquerença, que estará nomeado para um jogo da segunda “mão” dos quartos de final da Liga dos Campeões, reiterou a dificuldade de ser árbitro em Portugal, pela «forma como os restantes intervenientes vêem o fenómeno desportivo e a arbitragem em concreto».

«Vivemos num País que tem défice de cultura desportiva e isso cria dificuldades naturais ao exercício das nossas funções. Essas dificuldades surgem não do ponto de vista técnico do jogo, mas sim no aspecto comportamental», referiu Benquerença, acrescentando que «esta é uma questão que urge resolver».