O plantel da União de Leiria, da Liga portuguesa de futebol, decidiu suspender o pré-aviso de greve aos jogos até a equipa garantir a manutenção matemática no campeonato.

No início da semana, o incumprimento dos contratos de imagem assinados por alguns atletas do plantel fundamentou a apresentação de um pré-aviso de greve à SAD da União de Leiria por parte do Sindicato Profissional dos Jogadores de Futebol (SPJF).

A ameaça de greve ao jogo da 27.ª jornada, com o Portimonense, no Estádio Municipal de Leiria, partiu de todo o plantel, solidário com os jogadores que há alguns meses não recebem parte do ordenado, relativa aos referidos contratos de imagem.

O limite dado pelo plantel para pagamento era as 12 horas de hoje, contudo, atletas ouvidos pela Agência Lusa adiantaram que a ameaça de greve foi suspensa até a União de Leiria conseguir matematicamente a manutenção na Liga de futebol.

Os leirienses estão actualmente no 11.º lugar da Liga, com 30 pontos, e podem garantir a permanência neste fim-de-semana.

Os jogadores mantêm, ainda assim, a ameaça de greve até ao final do campeonato, que se concretizará caso o incumprimento se mantenha e assim que a equipa conseguir um lugar na Liga.

Hoje, a equipa técnica da União de Leiria decidiu o “blackout” de todo o grupo, que está impossibilitado de falar tanto do pré-aviso de greve como de outras questões, incluindo a antecipação da partida com o Portimonense.

Quarta-feira, o presidente do SPJF, Joaquim Evangelista, considerou uma «habilidade», a assinatura de contratos de imagem entre clubes e jogadores, revelando que a União de Leiria não é a única equipa a utilizar este recurso.

«Trata-se de uma habilidade que não pode continuar a desestabilizar. Temos de fazer um esforço para garantir a estabilidade dos jogadores e o pagamento dos seus ordenados, já que esta é uma habilidade deliberada para não pagar aos jogadores», frisou.