O treinador do Paços de Ferreira, Rui Vitória, disse hoje que a vitória e exibição frente à Académica, por 5-1, traduzem aquilo que foi a época do Paços de Ferreira na Liga de futebol 2010/11.

«Este resultado e esta qualidade era algo que gostávamos que acontecesse e, felizmente, isso veio a acontecer. O resultado veio traduzir aquilo que foi a nossa época. Foi 5-1 e, se calhar, a Académica não merecia esta desvantagem, mas hoje tivemos eficácia na finalização», disse Rui Vitória.

O técnico da formação nortenha sublinhou a despedida de um «grande jogador», Paulo Sousa, de 36 anos, e a estreia de mais «um bebé que começou agora a gatinhar», Alvarinho, deixou agradecimentos e confessou ter ficado «fascinado» com a evolução dos seus jogadores.

Em jeito de balanço, Rui Vitória recusou reclamar o título de equipa revelação para o Paços de Ferreira, que terminou na sétima posição, mas pediu reconhecimento aos seus jogadores, baseado em dados objetivos.

«Não nos podemos esquecer daquilo que o Paços fez este ano: duas vitórias contra o Sporting, duas vitórias e um empate com o Sporting de Braga, empatar no Dragão, estar 12 jogos sem perder e ainda ir à final da Taça da Liga», concluiu.

O treinador da Académica, Ulisses Morais, disse que a equipa esteve mais perto do seu real valor na segunda parte, reconhecendo que os três golos marcados pelo Paços de Ferreira no espaço de cinco minutos foram determinantes no resultado final.

«Não queria terminar desta forma. Assumo inteira responsabilidade, mas são coisas que acontecem no futebol», disse Ulisses Morais, lembrando a recente derrota do Paços de Ferreira frente ao Rio ave (6-1).

Sem revelar o seu futuro, Ulisses Morais explicou depois o resultado, lembrando que «sofrer três golos em quatro minutos é sempre um momento que perturba uma equipa», o que, em sua opinião, inviabilizou a recuperação da equipa.