O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, concedeu uma grande entrevista à RTP onde abordou vários tópicos relacionados com o actualidade do clube.

Ladeado pelos quatro troféus conquistados esta época, Pinto da Costa começou por explicar, em plena bancada no Estádio do Dragão, os quatro grandes pilares que levaram o clube a conquistar tantos títulos nos últimos 30 anos.

«O primeiro é competência, o segundo é o rigor, o terceiro é a ambição e o quarto é a paixão. E conseguindo, como consigo, ter à minha volta pessoas com esses requisitos tudo se torna mais fácil», afirmou o dirigente portista com mais títulos no futebol português.

Há mais de trinta anos à frente do FC Porto, Pinto da Costa revelou que não tem sucessores no Dragão, e utilizou a ironia quando questionado sobre o nome de Vítor Baía como possível sucessor na presidência do FC Porto.

«Nas monarquias é que há sucessores escolhidos por laços familiares. Aqui, quando eu terminar vai haver eleições e vai aparecer gente capaz como aconteceu no caso recente do Sporting. Eu sei que no FC Porto há muita gente com grande capacidade que me pode suceder. Felizmente o FC Porto pode apresentar meia dúzia de candidatos que
seja qual for o que vença eu fico tranquilo e descansado com o futuro do
clube
», começou por dizer Pinto da Costa.

O dirigente portista acredita que existem pessoas capazes para liderar o clube mas não descartou a possibilidade de continuar à frente do clube.

«Espero ter saúde mais uns anos mas não limito a minha continuidade em ter ou não ter saúde. Eu há 29 anos na primeira reunião de direcção em 23 de Abril de 1982 a primeira coisa que eu disse foi que não sabia quanto tempo íamos estar aqui. Vou estar aqui enquanto quiserem e enquanto eu sentir alegria em vir trabalhar para o FC Porto. Se um dia eu verificar que deixo de ter esse prazer necessário desisto».