«Neste momento, a Académica está descaracterizada. Temos cada vez menos jogadores estudantes», disse Frederico Valido, dando como exemplo o recrutamento de jogadores estrangeiros, sobretudo africanos, para os escalões de formação e que acabam por não se integrarem.

Na sua opinião, «para inverter a situação, é preciso voltar a caracterizar a Académica e, para tal, é preciso imaginação e trabalho».

Octávio Machado, convidado para este debate, reiterou que «o nome da Académica seria suficiente para atrair qualquer um, pois não é um clube qualquer».

«Numa cidade de 100 mil habitantes, haver pouco mais de três mil sócios votantes significa um divórcio com o clube. A solução é voltar às origens, ao reencontro com a sua história. O futebol português precisa destes clubes», destacou o ex-treinador, dando também como exemplo o Vitória de Setúbal.

Por último, Francisco Andrade, candidato a vice-presidente para o futebol na lista de Maló de Abreu, corroborou com as ideias dos anteriores oradores, concluindo que «a descaracterização da Académica é uma realidade, porque houve uma teimosia de trabalhar no empirismo e no egocentrismo e é preciso apostar na metodologia e profissionalismo».