O vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra, Luís Providência, afirmou hoje que não pede desculpas ao presidente da Académica nem se demite, como exigiu o dirigente na terça-feira.

«Não tenho que fazer qualquer pedido de desculpas, nem respondo a tontices. Em primeiro lugar, porque votei na Lista B e nunca poderei ser acusado de transformar a Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol num Gondomar ou num Felgueiras», começou por dizer o autarca, em declarações à agência Lusa.

Após a sua reeleição na terça-feira, repetindo a vitória de 2004 sobre Maló de Abreu, José Eduardo Simões exigiu um pedido de desculpas público a Luís Providência, considerando que este afrontou a maior instituição de Coimbra, e, caso não o fizesse, a sua demissão.

Em causa está uma entrevista ao Diário As Beiras, na qual Luís Providência afirmou que José Eduardo Simões não reunia condições para liderar a Académica, depois de o dirigente ter sido condenado pelo crime continuado de corrupção passiva a quatro anos e sete meses de prisão, com pena suspensa por igual período.

Hoje, o edil acrescentou que «o poder político em Coimbra ainda é independente do futebol» e que não reconhece ao presidente da ‘Briosa’ qualquer legitimidade para este tipo de acusações.

«Nunca estive dependente do engenheiro Simões para ser vereador em Coimbra», destacou.

Luís Providência manifestou a sua «estupefacção» pelo facto de nas últimas duas semanas da campanha eleitoral ter recebido uma série de mensagens no telemóvel dirigidas por José Eduardo Simões a tratá-lo como «amigo».