O treinador de futebol Artur Jorge diz que a transferência de André Villas-Boas do FC Porto para o Chelsea surge na sequência de uma «época fantástica», mas acredita que os “dragões” vão «continuar a ganhar títulos».

O antigo treinador do FC Porto sublinhou ter sido surpreendido por um «facto novo» na vida de André Villas-Boas, porque todos os dados indicavam que continuaria no FC Porto, mas é uma «situação normal» no futebol e que «não é por acaso que acontece».

Escusando-se a comentar o valor de 15 milhões de euros que Chelsea terá de pagar pela cláusula de rescisão de André Villas-Boas, admitindo que até pudessem ser atingidos «outros números».

A “chave do sucesso” de Villas-Boas no FC Porto também foi comentada por Artur Jorge, que conquistou a Taça dos Campeões Europeus ao serviço dos “dragões” em 1986/87, batendo o Bayern de Munique na final (2-1), em Viena.

«Penso que é uma pessoa séria, com dados que lhe permitem ser forte. Ganhou tudo este ano numa altura em que as pessoas não esperavam que pudesse ganhar tanta coisa. Pôs bons jogadores a jogarem bom futebol. Este ano ganhou muitas taças e muitos campeonatos e fez uma época com grande brilhantismo», recordou.

Artur Jorge reconhece que «é difícil uma equipa ganhar tanta coisa como (o FC Porto) ganhou no ano passado», concluindo que se tratou de «uma época fantástica», muito por culpa da «boa organização» interna do clube e, sobretudo, do seu presidente, Pinto da Costa.

«As pessoas que trabalham no FC Porto têm aprendido com aquilo que fazem e com o que ouvem todos os dias e fundamentalmente com as vitórias, tanto no futebol, como nas outras modalidades. É um clube que nos últimos 20, 25, 30 anos tem ganho muitas coisas. Um abraço para o FC Porto e para o que tem feito, pois são títulos atrás de títulos», salientou.

Para o futuro, Artur Jorge acredita que se vai manter a «tradição» e o FC Porto até poderá não repetir os êxitos da temporada transacta, mas «vai continuar a ganhar títulos».

Além do FC Porto, Artur Jorge comandou mais de uma dezena de clubes, entre os quais Benfica e Paris Saint-Germain, e e várias selecções (Portugal, Suíça e Camarões).