Em ano de crise e apesar dos negócios milionários que ainda se fazem no futebol, há quem não consiga arranjar emprego como jogador e passe dias de grandes dificuldades.

O cenário é traçado pelos responsáveis do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), que este ano promove pela nona vez o Estágio do Jogador, um projecto que nas palavras do presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, «se reveste de um cariz eminentemente social».

A apresentação de mais este estágio decorreu esta terça-feira e Joaquim Evangelista realçou que «as dificuldades do país também se fazem sentir junto dos jogadores, pelo que é necessária uma resposta: o sindicato, mais uma vez, responde presente», disse.

Integrando as vertentes desportiva e de formação profissional, o estágio será composto por treinos semanais, jogos de exibição e a participação no Torneio Internacional FIFPro, que terá lugar na Holanda.

Além da actividade desportiva, este estágio integra igualmente uma componente de formação profissional, que este ano, como anunciou o presidente do SJPF, terá por tema as novas tecnologias e o inglês.  

Outra novidade desta nona edição será a integração entre os jogadores profissionais desempregados de 10 jogadores amadores, que integrarão os grupos de Lisboa e Vila Nova de Gaia.

De entre os jogadores que integrarão o estágio, um deles será escolhido para ser reforço do Leixões na próxima época e foi o próprio Carlos Oliveira, presidente do clube, que sublinhou a importância de contar com os jogadores portugueses.

«Temos de olhar com atenção para os que estão mais próximos de nós e dar valor ao que temos em Portugal.»

João Vieira Pinto, vice-presidente do sindicato, esteve também presente nesta apresentação e afirmou que «a situação dos jogadores reflecte a realidade do país, mas não adianta ficar de braços cruzados».

Miguel Garcia foi um dos exemplos de sucesso desta iniciativa: depois de passar por uma situação de desemprego, integrou o estágio, fez contrato com o Olhanense, de onde rumou a Braga, e acabou por estar presente na final da Liga Europa que os arsenalistas acabariam por perder frente ao FC Porto.

«Foram as pessoas do sindicato que me deram alegria, confiança e motivação para lutar pelo sonho de voltar a jogar ao mais alto nível», disse o lateral que já havia representado o Sporting.

Na cerimónia esteve também Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, que destacou o sucesso da iniciativa e relevou a importância de «fazer alguma coisa por aqueles que momentaneamente passam por dificuldades».

O IX Estágio do Jogador contará com a presença de 70 a 90 jogadores e os treinos terão início a 27 de Junho.

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