O presidente do Sporting revelou hoje que o próximo desafio do clube é atingir a meta dos 100 mil sócios, momentos após o encerramento da operação de empréstimo obrigacionista da SAD, no valor de 20 milhões de euros.

Godinho Lopes regozijou-se pelo sucesso da operação obrigacionista, com uma procura superior à oferta em 58 por cento, e sublinhou que «depois da resposta do mercado há que fazer o desafio» aos simpatizantes do Sporting.

«Temos um novo desafio. O Sporting tem actualmente 90 600 sócios e, no último mês, entraram mais quatro mil. Um clube com a dimensão do Sporting, com mais de um terço da população portuguesa adepta do Sporting, tem de atingir rapidamente a fasquia dos 100 000 sócios», declarou na Bolsa de Valores de Lisboa, acompanhado dos restantes elementos da SAD do Sporting.

Lembrando que o Sporting teve 125 000 sócios em 1995, o presidente do Sporting referiu que «não faz sentido que agora tenha um número inferior», manifestando-se convicto de que a meta hoje anunciada poderá ser atingida, tal como «o mercado correspondeu».

O presidente "leonino" sublinhou que o êxito da operação na Bolsa de Valores de Lisboa - uma procura de 6.333.063 obrigações para uma oferta de quatro milhões, o que obrigará a rateio - resultou «do rigor, da transparência e da credibilidade» empregados na gestão.

«Temos sido capazes de transmitir transparência, rigor e credibilidade, fundamentais em qualquer gestão. Existe capital desde que o projecto tenha credibilidade. A situação económica em que encontrámos o clube fez com que este empréstimo fosse importante», disse.

Quanto ao futebol, Godinho Lopes expressou satisfação «com as contratações» realizadas e afirmou que «os jogadores contratados são os adequados para servir o clube», mas não esclareceu se o Sporting vai reforçar mais o plantel orientado por Domingos Paciência.

A subscrição de obrigações da SAD, no valor nominal de 20 milhões de euros, teve uma procura que superou em 58 por cento a oferta, o que obrigará a rateio.

Luís Laginha de Sousa, presidente da Bolsa de Valores de Lisboa, aludiu ao êxito da operação apesar da conjuntura difícil.

«A indústria do futebol tem um papel importantíssimo na economia. É uma área de grande valor acrescentado e pode dar contributos para a resolução de alguns desequilíbrios no país», assinalou.

A operação, a sétima realizada desde que o Sporting entrou no “mercado” de capitais há 13 anos, teve uma procura de 6.333.063 obrigações para uma oferta de quatro milhões, a cinco euros a unidade.

A subscrição obrigacionista do Sporting até 2014 registou um total de 2698 investidores, a esmagadora maioria (2653) em Portugal.