O Benfica inicia esta sexta-feira a luta pelo título da Liga portuguesa de futebol, moralizado pelo apuramento para o “playoff” da Liga dos Campeões e embalado nas “asas” de um reforço espanhol, que se tem revelado determinante.

Depois da desilusão que atingiu os adeptos “encarnados” na temporada passada, em que ficou a 21 pontos do campeão FC Porto, Luís Filipe Vieira operou uma verdadeira revolução no plantel, contratando 17 novos atletas para a equipa às ordens de Jorge Jesus.

O conjunto da Luz dá o pontapé de saída na Liga 2011-2012, às 20:45, em Barcelos, frente ao recém promovido Gil Vicente, vencedor da última edição da Liga de Honra, depois de já ter assegurado a presença na última eliminatória de acesso à fase de grupos da principal competição europeia de clubes.

Os holandeses do Twente são o último obstáculo rumo ao objetivo, mas, para chegar a esta fase, os “encarnados” tiveram de ultrapassar os turcos do Trabzonspor (2-0 e 1-1), numa eliminatória em que sobressaiu o extremo espanhol Nolito, autor de dois dos três tentos apontados.

O reforço proveniente da equipa B do FC Barcelona começa a ganhar “pontos” na luta pela titularidade, depois de já ter voltado a estar em destaque no último fim de semana, frente ao Arsenal (2-1), no encontro da Eusébio Cup.

Jorge Jesus, que inicia a terceira temporada no comando das “águias”, perdeu jogadores como Fábio Coentrão (o “motor” da época passada) e Salvio, peças de destaque no “onze”, além do “capitão” Nuno Gomes e do sempre contestado guarda-redes Roberto.

No entanto, para lutar pelo 33.º título de campeão nacional, foram gastos quase 30 milhões de euros na aquisição de novos atletas, entre os quais se destacam os nomes de Artur, Garay, Capdevila, Witsel, Enzo Pérez e o já referido Nolito.

O central argentino Ezequiel Garay, proveniente do Real Madrid, entrou de “estaca” no “onze”, ajudando a solidificar uma defesa órfã de soluções de qualidade, desde a saída de David Luiz para o Chelsea.

Mas também o médio internacional belga Axel Witsel, contratação mais cara das “águias”, veio dar outra profundidade ao meio campo benfiquista, o que já levou Jorge Jesus a alterar o esquema das duas últimas épocas, para apostar num mais seguro “4-2-3-1”.

A época benfiquista começou com um estágio na Suíça e logo com um triunfo expressivo sobre uma seleção de jogadores de Friburgo (9-1), mas saltaram à vista as dificuldades defensivas, nomeadamente no empate com o Servette (1-1) e no desaire frente ao francês Dijon (1-2).

No regresso a Portugal, nova vitória no Torneio do Guadiana, com um triunfo sobre o Paris Saint-Germain (3-1) e um empate com o Anderlecht (2-2), mas sempre com os erros do setor mais recuado a “mancharem” os desempenhos.

Poucos dias depois, na apresentação aos sócios, o central Jardel carimbou uma vitória por números “magros” (1-0), num encontro que terminou com uma série de 24 jogos sempre a sofrer golos.

Já depois de eliminar o Trabzonspor, o Benfica encerrou os jogos de preparação, com um triunfo frente à milionária equipa do Arsenal (2-1), numa unânime e clara demonstração de força e ambição para a época que agora se inicia.