Mudam-se os tempos, mas não se muda a vontade de ganhar no futebol português. Num ano onde a palavra “crise” dita a lei, os clubes nacionais, nomeadamente FC Porto, Benfica e Sporting, investiram muito para renovar as esperanças dos adeptos e aumentar as opções para uma época que se adivinha longa e muito competitiva.

Entre os ‘grandes’, e segundo os números citados pela generalidade da imprensa desportiva, o FC Porto foi quem menos comprou, mas quem mais gastou, com cerca de 29,9 milhões de euros, seguido de Benfica (29,2 milhões) e, por fim, Sporting (19,4). As expectativas estão em alta face ao cartel dos reforços já garantidos para o campeonato luso, como são os casos de Danilo (FC Porto), Witsel (Benfica) ou Capel (Sporting).

Se o FC Porto mudou o rosto do treinador, mantendo a estrutura, o Benfica renovou a aposta em Jorge Jesus, reforçando em simultâneo o plantel de forma significativa, ao passo que o Sporting operou uma ‘revolução’ completa, com 14 jogadores novos e a chegada de Domingos Paciência a Alvalade. Assim, e sempre com a perspectiva de uma possível intromissão de Braga ou Guimarães no topo do campeonato, a competitividade está à partida assegurada.

Olhando para o resto da classificação, os rivais minhotos encabeçam uma pequena lista de equipas candidatas a sensação, como Nacional, Paços de Ferreira, União de Leiria ou Académica, cujos horizontes abarcam uma eventual presença nas competições europeias. A manutenção é a fasquia mínima, mas todos sonham fazer mais.

Paralelamente, e no leque de candidatos a uma campanha tranquila e sem outra aspiração que a permanência, destacam-se Gil Vicente e Feirense. Os gilistas estão de regresso à Liga depois de uma ausência de cinco anos, enquanto a equipa de Santa Maria da Feira esperou cerca de vinte anos para festejar o convívio com os ‘grandes’. Paulo Alves e Quim Machado, respetivamente, têm a dura missão de evitar a despromoção para os ‘estreantes’ desta Liga.