Benfica, FC Porto e Sporting de Braga, semi-finalistas da Liga Europa na época passada, contrataram muitos futebolistas, mas registam lucro nas transações, a cerca de duas semanas do fecho do “mercado”.

Levando apenas em linha de conta as transferências efetuadas e confirmadas até à data, benfiquistas, bracarenses e portistas são, entre os “europeus”, os que registam saldo positivo na contabilidade de entradas e saídas.

O campeão nacional apresentava, pela manhã de quinta-feira, o maior défice entre entradas e saídas, mas as transferências de Falcao e Rúben Micael, para o Atlético de Madrid, colocaram as contas portistas no “verde”.

A venda da dupla deixa o FC Porto com um saldo positivo de quatro milhões de euros e acaba por atenuar o mais elevado investimento alguma vez feito por uma equipa portuguesa (41 milhões de euros).

Os “dragões” contam com nove caras novas no plantel às ordens de Vítor Pereira, destacando-se as aquisições dos brasileiros Danilo, por 13 milhões de euros - segunda mais cara de sempre por parte de um clube português, apenas superada pelo também portista Hulk - e Alex Sandro (nove).

Além dos jovens ex-Santos, também Mangala (6,5 milhões), Defour (seis), Kelvin (dois), Kléber (2,4) e Iturbe (1,5) obrigaram os “dragões” a desembolsar.

No entanto, é o Benfica que apresenta o melhor resultado neste “mercado” de transferências, graças aos encaixes financeiros obtidos com as vendas para Espanha de Fábio Coentrão (Real Madrid), por 30 milhões de euros, e Roberto (Saragoça), por 8,6.

Os “encarnados” registam um lucro superior a 9,5 milhões de euros, mesmo após terem investido quase 30 milhões de euros em aquisições.

Quanto aos 17 novos futebolistas, destacam-se o belga Axel Witsel, contratado por 7,5 milhões, os argentinos Enzo Pérez e Garay, ambos orçados em 5,5 milhões, e o brasileiro Bruno César, que custou 5,3 milhões.

Já o Sporting de Braga, que conta com 12 novos atletas, a maioria a custo zero, aparece no encalço das “águias”, sendo que apenas Baiano, Henrique, Rodrigo Galo e Zé Luis obrigaram os bracarenses a “puxar” do livro de cheques.

Para os mais de seis milhões de lucro dos “arsenalistas” contribuiu de forma decisiva a saída do lateral Sílvio para o Atlético de Madrid, por oito milhões de euros, naquela que foi a única transferência que rendo algo aos minhotos.

Atrás dos “arsenalistas” surge o Nacional, sexto classificado na última temporada, que mantém o equilíbrio das finanças, já que apenas contratou jogadores em final de contrato e viu sair Rafael Bracalli e Bruno Amaro na mesma situação.

Com o Vitória de Guimarães inicia-se o grupo dos deficitários. O conjunto da cidade-berço contratou 10 jogadores, entre eles o uruguaio Jean Barrientos e o argelino Soudani, num investimento total de 1,8 milhões, apenas atenuado com a vendas de Lionn e Rui Miguel.

No último lugar do grupo surge o Sporting, com um saldo negativo superior a 19 milhões de euros. Apesar de ter contratado quase tantos jogadores quanto o Benfica (14), os “leões” já desembolsaram 19,63 milhões de euros, mas ainda não realizaram qualquer encaixe significativo.

O ponta-de-lança holandês Ricky van Wolfswinkel (5,4 milhões) e os extremos espanhóis Jeffrén (3,75 milhões) e Diego Capel (3,5) obrigaram a mais de metade do investimento, enquanto nas saídas, apenas o francês Sinama-Pongolle proporcionou algum encaixe financeiro, com o empréstimo ao Saint-Etienne.