O treinador do Vitória de Guimarães disse hoje que a resposta da equipa de futebol aos incidentes desta semana foi “fantástica” e mostrou-se confiante num triunfo na Madeira, domingo, diante do Nacional, da segunda jornada da Liga.

«Estes jogadores foram fantásticos durante estes dias e tiveram um comportamento que me deixa muito satisfeito, por isso, estamos muito confiantes e não digo isto de forma demagógica», frisou.

Terça-feira, no primeiro treino de Rui Vitória no comando da equipa minhota, cerca de três dezenas de adeptos entraram no relvado do complexo desportivo do clube, fizeram rebentar alguns petardos e confrontaram jogadores pelo mau momento da equipa, última classificada do campeonato e já eliminada da Liga Europa.

A confusão instalou-se e, apesar da tentativa dos responsáveis vitorianos de serenar os ânimos, pelo menos um dos jogadores, Faouzi, foi agredido.

«Todos temos consciência que isso não é muito agradável, mas na nossa perspetiva, enquanto treinador, não temos que complicar, o trabalho a seguir foi excelente. Fundamental é os vitorianos unirem-se, todos lutarem para o mesmo lado e pensar que é dos problemas que nascem novos sucessos», disse.

O avançado marroquino terá manifestado intenção de sair do clube depois da agressão de que foi alvo, mas Rui Vitória quer deixar a situação acalmar-se.

«É preciso analisar estas coisas com calma, claro que esta situação trouxe turbulência ao jogador, mas é preciso alguma tolerância e paciência, deixar o tempo correr e normalmente as coisas voltam ao normal», considerou.

Para o treinador, e apesar do momento de tensão entre os adeptos e os jogadores, jogar fora, nesta altura, não é melhor e até preferia que a partida fosse em Guimarães, apelando aos vitorianos que transformem o Estádio D. Afonso Henriques numa «força que ajude a derrotar os adversários».

«Temos que enfrentar estas questões de frente, se fosse em casa melhor ainda porque os vitorianos querem ver a sua equipa, é na Madeira, o Nacional quer-nos vencer, respeitamos o adversário, mas estamos focados para tentar vencer», disse.

Sobre a chegada de Urreta, emprestado pelo Benfica no último dia do mercado, disse que não pediu o jogador, mas que foi uma hipótese que «surgiu naquele momento, tem grande qualidade e o perfil para jogar no Vitória e veio».

A comitiva minhota viaja ainda hoje para a Madeira onde, domingo, às 19:00, defronta o Nacional, jogo que será arbitrado por Paulo Baptista, de Portalegre.