Dois dirigentes do Benfica foram esta terça-feira impedidos de votar na Assembleia-Geral da Associação de Futebol de Lisboa (AFL) destinada a alterar os estatutos do organismo, com a alegação de que faltava um documento que reconhecesse a capacidade de representação.

A revelação foi esta terça-feira feita à agência Lusa por uma fonte do clube lisboeta, a qual sublinhou que o Benfica estava representado pelo vice-presidente Domingos Lima e por Domingos Soares de Oliveira, «que é administrador da SAD há oito anos».

«Entenderam que não os reconheciam como representantes do Benfica porque faltava um papel em que era reconhecida essa capacidade. Foi dito que, se era esse o problema, o papel estaria disponível em 20 minutos, mas não aceitaram», disse a fonte.

O responsável “encarnado” sublinhou que Domingos Lima tinha sido o representante do Benfica no sorteio dos oitavos e quartos de final da Taça de Portugal, que se realizara às 12h00 na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

«Isto revela muito quanto ao tipo de pessoas que estão à frente da AFL», considerou a fonte, adiantando ser «evidente que o caso tem de ter consequências», embora não tenha adiantado qual a posição do Benfica quanto à representação na Assembleia-Geral extraordinária da AFL marcada para quarta-feira.

A próxima reunião magna foi convocada por 15 clubes, incluindo Benfica e Sporting, com o objetivo exonerar a atual Direção da AFL, liderada por Carlos Ribeiro, e marcar eleições antecipadas.

Em causa está um diferendo entre vários clubes e o atual presidente da AFL quanto ao sentido de voto nas eleições da FPF, com os primeiros a apoiarem Fernando Gomes e o segundo Carlos Marta, de cuja lista faz parte.

Carlos Ribeiro é candidato a vogal da Direção na lista hoje apresentada por Carlos Marta, na sede da FPF, para as eleições de 10 de dezembro.