À 11.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, e comparando as “versões” 2011/12 com as da época passada, FC Porto e Sporting de Braga apenas “coincidem” nas saídas dos dois treinadores: André Villas-Boas e Domingos Paciência, respetivamente.

O desafio que oporá as duas equipas, domingo (18h15), no Estádio do Dragão, é o primeiro desde que os dois emblemas se defrontaram, em Dublin, a 18 de maio, na final da Liga Europa, ganha pelos “dragões”, com um golo do colombiano Falcao, também ele um ausente ainda muito “presente”.

Meio ano depois, o reencontro não é decisivo para nenhuma das equipas, mas é considerado um barómetro rigoroso face ao momento de crise de identidade da equipa orientada por Vítor Pereira e às intermitências do “onze” de Leonardo Jardim.

Apesar de, em idêntica jornada na época anterior, o FC Porto ter apenas mais dois golos marcados do que na atual, é nas soluções ofensivas que se tem feito sentir o maior problema dos “azuis e brancos”, quem em 10 jornadas, já empataram três vezes, tantas quantas as do campeonato anterior.

Pelo contrário, Leonardo Jardim, embora ainda longe da “obra feita” de Domingos Paciência, está mais bem qualificado na presente época: os “arsenalistas” são quintos (19 pontos) e na temporada anterior, envolvidos pela primeira vez na Liga dos Campeões, estavam em 10.º (14).

Em termos de plantel, O FC Porto manteve praticamente todos os jogadores nucleares, à exceção de Falcao, o único titular da final de Dublin que já não veste de “azul e branco” – foi vendido ao Atlético de Madrid.

O mesmo não se poderá dizer do Sporting de Braga, que, tendo em conta o “onze” dessa final, perdeu cinco jogadores: o guarda-redes Artur Moraes, os defesas Rodriguez, Sílvio e Miguel Garcia e o médio Vandinho.

Toda a estrutura defensiva dos “arsenalistas” é nova: guarda-redes, laterais e centrais, neste último caso com a exceção de Paulão, que se mantém nas opções de Leonardo Jardim.

Um setor em que os “dragões” parecem não mexer, apesar das contratações do defeso: o central sub-21 francês Mangala e o lateral esquerdo Alex Sandro, internacional brasileiro.

O primeiro já tem alguns minutos nas pernas, enquanto o segundo ainda não se estreou no campeonato, apesar das recentes chamadas à seleção do seu país.

Da defesa para a frente, as duas equipas perderam nomes sonantes da época anterior: Vandinho já não mora no meio-campo bracarense e Falcao deixou saudades na linha da frente dos “azuis e brancos”.