A Associação de Adeptos Sportinguistas (AAS) apontou hoje «a incapacidade» da caixa de segurança e a condução dos adeptos ao estádio como as falhas graves do Benfica-Sporting, da 11.ª jornada da Liga de futebol.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a AAS apontou que a denominada caixa de segurança se revelou «totalmente incapaz de aumentar os níveis de segurança dos adeptos, como qualquer agente da proteção civil deveria constatar à partida».

Aquela associação critica ainda as regras de segurança impostas pela PSP.

«As regras impostas pela PSP com o objetivo de conduzir os adeptos ao estádio de forma atempada e segura revelaram-se totalmente ineficientes. Quem vai no cortejo chega tarde e é agredido, quem vai fora do cortejo é detido por manifestação ilegal. Está na altura de parar de brincar aos polícias e ladrões», pode ler-se no documento.

No comunicado, a AAS questiona a justificação da criação da caixa de segurança, apontando: «Se, por um lado, se retiram vedações dos estádios, reconhecendo os espetadores daquele espetáculo desportivo como cidadãos responsáveis, por outro, criam-se `jaulas´, como se tais cidadãos responsáveis fossem, em dias de jogos, perigosos e violentos criminosos».

A AAS critica ainda o comportamento da polícia, referindo que o encontro não foi exceção nos «episódios de violência e provocação por parte de certos e determinados agentes das forças de segurança para com adeptos de futebol».

«Este jogo não foi exceção e vários homens, mulheres e crianças foram agredidos indiscriminadamente, enquanto eram tratados como gado. Seriam todos criminosos? Ou deveu-se tal ao facto de ser dia de futebol?», adianta a nota, em que é criticada ainda a demora na entrada dos adeptos devido às revistas.

O Benfica venceu o Sporting por 1-0 no sábado, em jogo da 11.ª jornada da Liga, que ficou marcado por um incêndio que deflagrou numa das bancadas do estádio da Luz, numa altura em que a maioria dos adeptos já estava fora do recinto.

O “derby” lisboeta está ainda a «ser jogado» nos bastidores, com acusações mútuas entre dirigentes, principalmente na questão da segurança, devido à criação de uma rede de segurança numa das bancadas do recinto “encarnado”.