Yannick Djaló explicou que foi enganado pelo Nice e pelo seu empresário, o que acabou por resultar na entrega dos documentos da transferência fora de prazo junto da FIFA. No último dia do mercado de transferências, Djaló estava em Nice para assinar contrato com o clube local, porém aquilo que lhe foi apresentado não estava de acordo com o que tinha ficado combinado.

«Senti-me enganado. Estava às 16 horas no clube francês para assinar contrato, mas os valores combinados não foram aqueles que me foram apresentados. Disse que por aqueles valores não estava interessado e voltei para o hotel», disse o atleta, em conferência de imprensa que teve lugar na sede do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.

O presidente do clube francês estava ausente da cidade, em viagem com a equipa, e só regressou por volta das 11h da noite, hora em que o jogador e a direção do Nice voltaram a conversar.

«Ia voltar para Lisboa, mas por volta das 11 horas da noite o presidente chegou e houve nova proposta. Voltámos a conversar e assinei por volta das 23h45/50», referiu o jogador.

Este atraso foi fatal para que a contratação não fosse efetivada junto da FIFA. Durante o processo legal para tentar resolver a situação, o jogador ainda frequentou as instalações do clube.

Mas com a chegada da decisão negativa, Djaló passou a ser proibido de treinar, não tendo recebido nunca qualquer salário por parte do clube francês. Esta situação acabou por levar a uma rescisão por justa causa, por parte do atleta no dia 25 de Novembro.

Durante este processo, Yannick Djaló teve o apoio do Sindicato dos Jogadores de Futebol, bem como da direção do Sporting, como o próprio reconheceu.

«Estou grato ao presidente do Sporting, Godinho Lopes, por todo o apoio e
disponibilidade assim como ao Sindicato dos Jogadores», afirmou o avançado.

No fim desta situação, Djaló diz sentir-se enganado tanto pelo Nice, como pelo seu empresário Leonel da Silva, com quem vai cumprir o contrato que tem assinado até março.

 Apesar da efetivação da rescisão de contrato com o Nice, decorre agora um processo na Câmara de Resolução de Disputas da FIFA interposto pelo jogador com o objetivo de ser ressarcido pelos salários que não lhe foram pagos.