A União de Leiria apresentou esta terça-feira o defesa central árabe Abdullah Alhafith, no âmbito de um acordo de parceria com a Federação da Arábia Saudita de Futebol.

O jovem futebolista, de 18 anos, jogava no Al-Eptifaq e assinou um contrato por dois anos e meio, na sequência do acordo que prevê a vinda de mais jogadores do Oriente e a transferência de atletas de Leiria para a Arábia Saudita.

O presidente da SAD, João Bartolomeu, recusou-se, contudo, a adiantar mais pormenores da parceria, referindo que, no «timing certo», serão divulgados novos pontos do acordo, que poderá passar pelo investimento de árabes no clube e até na entrada do capital social da SAD.

«Está tudo em aberto. Este é o início de uma colaboração que pode ir longe. A Federação da Arábia Saudita está empenhada em dar um impulso grande ao futebol e uma das coisas que pretende fazer é colocar jogadores em ligas competitivas para aprenderem e levarem esse saber para o seu país de origem», referiu Pedro Serpa Pinto, agente FIFA que representa a Federação saudita.

O presidente da SAD considerou que este acordo é um «passo importante para a União de Leiria, que pode vir a fazer bons encaixes financeiros», uma vez que, no final de cada época, «serão transferidos dois ou três jogadores do Leiria para clubes da Arábia Saudita».

Pedro Serpa Pinto adiantou que a escolha da União de Leiria para estabelecer esta parceria prende-se com a «boa relação» que tem com João Bartolomeu, revelando que «o facto de Manuel Cajuda ser o treinador também influenciou».

Abdullah Alhafith espera «ter sucesso» na União de Leiria e agradece a oportunidade que lhe foi dada, esperando que possa abrir portas para «outros atletas da Arábia se juntarem» a ele, mostrando-se «preparado» para a nova aventura.

O treinador Manuel Cajuda não conhece o jogador, mas considerou que o facto de ser jovem lhe dá uma «margem de progressão grande».

Conhecedor do futebol árabe, o técnico afirmou que existem «muitos jogadores com qualidade», que se «se adaptarem ao futebol português poderão vir a ser muito fortes».