O jovem defesa Roderick foi cedido pelo Benfica ao Servette no início da época e faz um balanço positivo da experiência, até por assumir que «não tinha lugar no plantel» encarnado.

«Tem sido uma experiência bastante positiva. Tenho aproveitado bastante para evoluir e disfrutar ao máximo da oportunidade. Estou a gostar muito da experiência e será positiva a meu favor», afirmou o internacional sub-20 português, sublinhando: «Não tinha lugar no plantel. O Luisão e o Garay são excelentes jogadores. O próprio Jardel está a corresponder muito bem, sei o potencial que tenho, mas também tenho consciência do meu atual valor». 

Questionado sobre a temporada do 'seu' Benfica, Roderick elogiou a campanha do clube que o formou nos últimos anos: «O Benfica está a fazer uma boa época, à exceção da taça de Portugal. Mas acontece com todas as equipas. Uma época bastante positiva e considero que o futuro do Benfica será risonho».

Motivado pelo bom desempenho no Servette, Roderick alimenta assim a esperança natural de regressar à Luz em breve. «Sei que é complicado. Este ano estou no Servette e o meu objetivo é jogar o máximo possível. Tentar evoluir cada vez mais para no próximo ano me apresentar mais forte no Benfica», afirmou o central, referindo que o empréstimo não foi uma "despromoção" na sua carreira: «Nunca devemos entender nada como um passo atrás por que isso nos irá prejudicar psicologicamente. Foi um passo em frente porque me vai fazer jogar muito mais vezes do que no Benfica. Estou a crescer lá como jogador e como um homem.»

Por outro lado, o jovem defesa lamentou a falta de utilização dos outros jogadores portugueses no plantel às ordens de Jorge Jesus. «É sempre complicado porque o Benfica tem no plantel 4 ou 5 jogadores que estiveram comigo na formação e não jogam. É sempre triste ver essa situação, mas é necessário saber esperar, dar tempo ao tempo. Na minha perspetiva gostava que os portugueses jogassem todos não só no Benfica, mas nos vários clubes portugueses», frisou.

Finalmente, Roderick mostrou-se grato pelos elogios de Costinha, diretor desportivo do Servette, que o considerou o futuro "patrão" da defesa da Seleção Nacional. «Fico muito grato pelos elogios do Costinha, mas só falar não chega. Podem dizer mil e uma coisas de mim mas se eu não corresponder dentro de campo vou passar ao lado de uma carreira. Tenho que trabalhar e olhar pelo meu futuro», concluiu.

As declarações de Roderick foram prestadas à margem de uma visita ao hospital pediátrico de Coimbra por parte de uma comitiva do Servettte, constituída ainda pelos jogadores Saleiro, Barroca, o treinador João Carlos Pereira e o diretor Costinha.