A liderança na Liga, prova em que os “dragões” seguem invencíveis, é o elo que tem permitido ao ex-adjunto de André Villas-Boas manter-se no cargo, ao qual chegou de forma inesperada e no qual foi sempre visto com desconfiança.

O primeiro posto é, ainda por cima, partilhado com o Benfica, que até já empatou no Dragão (2-2), de onde a época passada saíra humilhado (0-5), e os “azuis e brancos” ainda não cumpriram as deslocações teoricamente mais difíceis.

Vítor Pereira tem jogado, semana após semana, a sua manutenção como treinador, mas, para já, tem sobrevivo, isto apesar de o FC Porto já ter visto cair, e com estrondo, dois dos principais objetivos da época.

Ao contrário do que aconteceu na maioria das presenças na fase de grupos da Liga dos Campeões, os “dragões” falharam o apuramento para os oitavos de final, apesar de terem partido do Pote 1, como cabeças de série.

Duas vitórias, dois empates e duas derrotas ditaram uma inesperada eliminação, num grupo em que se qualificaram o modesto APOEL Nicósia, com o qual o FC Porto só somou um ponto (1-1 em casa e 1-2 fora), e o Zenit (0-0 e 1-3), que será adversário do Benfica nos “oitavos”.

Salvou-se - com um triunfo (2-0) feliz em Donetsk, face ao Shakhtar, que já tombara no Dragão (2-1) - o terceiro lugar e a queda para a Liga Europa, prova em que os portuenses vão defender o título. O sorteio não foi amigo e o Manchester City será o primeiro adversário, em fevereiro.

Antes da “Champions”, o FC Porto também já tinha perdido a Supertaça Europeia, mas esse nem sequer era um dos objetivos da época, já que do outro lado estava o FC Barcelona, que, mesmo sem encantar, venceu por 2-0 no “batatal” do Mónaco.

Bem mais dramático foi o adeus à Taça de Portugal, que os “dragões” tinham orgulhosamente conquistado nas últimas três épocas, já que foi uma eliminação dolorosa, em Coimbra, onde a Académica venceu por implacáveis 3-0.

A 19 de novembro, o ex-adjunto viveu a sua noite mais complicada como treinador principal do FC Porto, mas a decisão foi a sua manutenção e, neste final de ano, a situação parece mais favorável. O próximo grande teste será logo no início de janeiro, em Alvalade.

Mesmo muito atribulada, a era Vítor Pereira também já teve uma conquista, a Supertaça Cândido de Oliveira, logo a abrir, graças a um triunfo por 2-1 sobre o Vitória de Guimarães, em Aveiro.

No que respeita ao campeonato, a liderança assenta em 10 triunfos, nenhum especialmente para “emoldurar”, e escassos três empates (com Feirense, em Aveiro, o Benfica, no Dragão, e o Olhanense, em Olhão).

No total, em 23 jogos sob o comando de Vítor Pereira, o FC Porto conta 14 vitórias, cinco empates e quatro derrotas, com 49 golos marcados e 21 sofridos.