Leonardo Jardim disse hoje acreditar que o Sporting de Braga pode chegar a curto ou médio prazo ao título de campeão nacional de futebol e que não falta nada para que isso aconteça.

«Acredito que sim [que pode ser campeão a curto/médio prazo], porque acredito no trabalho sustentado e na evolução, se não acreditasse nunca iria estar na primeira Liga. Acho que o Braga está no bom caminho para crescer e por isso tem ambição diária de ser mais competitivo, de ganhar cada vez mais. Neste clube a exigência é uma palavra de ordem», afirmou o técnico em entrevista.

Instado sobre o que falta ao clube minhoto para isso, respondeu: «Acho que não falta nada. O Braga está num processo de crescimento, que tem muito a ver com a estrutura montada há seis ou sete anos, e não existe limite para isso, o limite é sempre chegar mais longe», frisou.

O Sporting de Braga tem nesta altura mais oito pontos do que na mesma fase da época passada, sendo quarto classificado à 13.ª jornada e não oitavo como em 2010/11, mas, apesar disso, o treinador já ouviu críticas dos adeptos "arsenalistas", situação que encara com normalidade e que, garante, não o desviará do rumo traçado.

«Às vezes comparo ser treinador e ser político. O primeiro tem de ganhar adeptos, o segundo votantes, e, para isso, é preciso fazer campanha, mas eu normalmente invisto pouco na minha campanha, prefiro investir nos atletas, no grupo e no rendimento, no trabalho. Os adeptos têm que perceber que esta é a minha estratégia, foi o caminho que tracei na minha carreira, é a minha forma de estar e vou continuar assim», disse.

Leonardo Jardim disse ainda que o clube vai reforçar-se no "mercado de inverno", admitindo que será o setor defensivo, dadas as várias lesões, o mais necessitado, e revelou que conta com Custódio e Vinícius para suprir a ausência do "trinco" Djamal a partir de janeiro, ele que vai disputar a CAN pela Líbia.

Jardim admitiu não ter ficado indiferente aos elogios feitos em tempos pelo presidente do FC Porto e notou que tem evoluído todos os anos, desde que é treinador.

«Há quatro anos, em dezembro, era primeiro na II Divisão B, há três anos era primeiro na II Liga, no ano passado estava em sétimo lugar na Liga e este ano estamos no quarto, e aproximamo-nos dos lugares da frente», disse.

O treinador madeirense disse ainda que quer continuar a crescer na carreira, primeiro em Portugal e depois no estrangeiro.

«Gostaria de ter a possibilidade de conhecer outras culturas, campeonatos, ideias e formas de pensar. É importante perceber que o futebol é universal e pensa-se de formas diferentes e gostaria no futuro de experimentar outros campeonatos. Quais? Desde o Brasil à China há muito país diferente», disse.