Em entrevista ao jornal O Jogo, Godinho Lopes assume que «a situação do Sporting é caótica, todos os dias um drama», mas que se investiu «em contraciclo para o Sporting não morrer».

«Vinha para um desafio complicado, mas sabia que era importante a credibilidade e a capacidade de gerir. Com um bocado de sobranceria, entendo que tenho essas duas qualidades. Isso faz com que tenha de arranjar dinheiro no dia-a-dia e pensar no futuro, para pagar de forma responsável a dívida», disse.

Ainda assim, o valor investido não é superior ao previsto. «Encontrámos parceiros que permitiram fazer o investimento previsto. Mas herdámos um clube com tesouraria negativa, com custos superiores às receitas, resultados operacionais negativos, e para inverter esta situação havia duas formas de fazer: ou desinvestíamos, definhando o clube com menores prestações no futebol, menos receitas e entrávamos num ciclo vicioso; ou decidíamos investir e teoricamente aumentar os custos. Mas estou a tentar em três anos aumentar receitas para pagar esses custos. Dá uma ponte intermédia de resultados negativos, mas garante-me a médio prazo ter um Sporting vivo, senão morreria».

No entanto, Godinho Lopes sabia que não iria ter tudo em ordem no primeiro ano, estando-se «a fazer negociações este ano para aumentar na época 2012/13 e atingir o nível pretendido em 2013/14».