O Porto Canal quer ganhar expressão e representatividade nacional, o que justifica a abertura de delegações em Lisboa e Braga e a contratação de Júlio Magalhães para diretor-geral da estação.

«É nesse interesse da região que vamos abrir uma delegação em Braga e também em Lisboa. Sobretudo para que em Lisboa possamos estar junto daqueles que sendo do norte estão em Lisboa. Ao serviço do país e populações na Assembleia da República, ou industriais e comerciantes nas suas ocupações», explicou Pinto da Costa, presidente do FC Porto.

O acionista maioritário do Porto Canal quer «cobrir todo o país», num «desafio» para o qual «conta muito» com a “experiência” de Júlio Magalhães, que deixou a TVI e vai assumir o desafio à frente do projeto associado ao clube do coração.

Confrontado com a possibilidade do FC Porto avançar para a criação de um grupo de media, o dirigente respondeu com um «nunca se sabe».

«Temos a Porto Media. Já temos uma revista, um site e temos em vista uma colaboração com uma rádio para termos também o nosso espaço radiofónico. Tudo é possível», disse.

Júlio Magalhães acredita que no Porto Canal pode mostrar «na prática» algumas das suas ideias: «Fui defensor da cidade do Porto, da Região Norte, até da regionalização. Nunca tive grandes oportunidades para o mostrar em termos práticos. Passar e transmitir essa mensagem. O Porto Canal pode permitir-me isso e passar das palavras aos atos».

«Quero deixar perceber a todo o país que no Porto há massa crítica, competência e é possível também fazer um canal. TVI, SIC e RTP são canais sediados em Lisboa feitos para todo o país. Porque não pode o Porto ter um canal feito no Porto também para todo o país?», acrescentou.

E, a concluir, resumiu o principal objetivo do projeto: «Pediram-me um canal que transporte todo o norte a todo o país e, se possível, ultrapassar as fronteiras de Portugal».