O treinador da equipa de futebol da União de Leiria, Manuel Cajuda, lamentou hoje ter de refazer o plantel pela segunda vez esta época, garantindo estar contente com os seus jogadores apesar das dificuldades.

Na véspera de defrontar a Académica para a 16.ª jornada da Liga de futebol, o técnico do atual 15.º classificado lembrou que, nos últimos tempos, perdeu «cinco jogadores e dois diretores».

«É a segunda vez que estou a reconstruir a equipa, no espaço de quatro meses. Perdi cinco jogadores: Gottardi (lesionado), dois que rescindiram (Maykon e Diego Gaúcho, outro porque foi ‘rebuscado’ pelo Benfica (André Almeida) e agora o Patrick, também lesionado. A par disso, também perdi dois diretores», disse, referindo-se às saídas do diretor-geral, Jorge Alexandre, e do administrador da SAD, Mário Cruz.

Apesar de todos esses contratempos, Manuel Cajuda faz um balanço positivo da primeira volta do campeonato.

«Desde que cá estou, fizemos nove jogos. Desses, fizemos dois jogos fora seguidos, e agora temos mais outra série de dois jogos fora, e defrontámos o Benfica em casa. E temos uma média de pontos nestes nove jogos de 1,1111. Se fosse multiplicado pelas 16 jornadas, a União de Leiria teria 16, 17 pontos. É uma média muito boa. No final do campeonato, daria 33/34 pontos».

Sem querer falar dos problemas que afetam a União de Leiria, sublinhando que está no clube para «ajudar a SAD a resolvê-los e para fazer parte da solução», Manuel Cajuda garantiu estar «muito satisfeito» com o comportamento dos jogadores e com o futebol da equipa.

«A União de Leiria tem de continuar a fazer aquilo que é importante: lutar pela vida, ainda que a vida esteja difícil», disse, considerando que «anormal é, perante as dificuldades, conseguir fazer tanta coisa boa».

Frente à Académica, o técnico dos leirienses deu a entender que vai continuar a apostar no sistema de três centrais, recordando que dois deles, Manuel Curto e Marco Soares, são médios adaptados «que estão a jogar muito bem».

«Nesta altura acho que já estou mais satisfeito com eles como defesas do que propriamente como médios», brincou.

Quanto ao adversário de sexta-feira, apesar de só ter ganho um jogo nos últimos nove, «tem feito um belíssimo campeonato» e impõe «respeito»: «Se pensar em alguma facilidade, estou ‘lixado’, não vou a lado nenhum. O melhor é pensar que o jogo é muito difícil», sublinhou Cajuda.