Domingos Paciência destacou a eficácia em detrimento da qualidade exibicional do Sporting frente ao Beira-Mar, onde os leões acabaram com um jejum de seis jogos sem vitórias. 

«A vitória foi conquistada por quem foi mais eficaz. Na primeira parte, marcámos em dois lances de bola parada. Há que analisar o comportamento das duas equipas e ver quem teve ocasiões para ganhar o jogo. Tínhamos consciência das dificuldades, mas acusámos alguma ansiedade, o que causou alguma falta de discernimento. A equipa estava ansiosa para regressar às vitórias», afirmou o técnico em conferência de imprensa.

«Temos consciência de que podemos jogar mais e melhor, mas também sabemos que não passamos do oito para o 80 de um dia para o outro. Há jogadores a entrar na equipa por necessidade do momento e isso reflete-se na qualidade de jogo», acrescentou.

Questionado se este triunfo ajudava a desanuviar o ambiente e o panorama de crise que ameaçava instalar-se, Domingos reconheceu a importância desta vitória. «Passava por este jogo mudar aquilo que têm sido os últimos tempos. Temos de ter como referência aquilo que já fizemos e aliar boas exibições com bons resultados. É natural que a equipa procure dar confiança aos adeptos e a todos os sportinguistas, mas as lesões também não têm ajudado».

O técnico não hesitou em fazer uma referência individual a Onyewu, que brilhou com dois golos. «O Onyewu é um jogador que se tem esforçado muito no Sporting. Ajudou a equipa num momento decisivo. Foi ele, estamos contentes por aquilo que fez. Mas se não fosse ele teríamos de arranjar maneira para ganhar o jogo», frisou.

Por fim, Domingos Paciência elogiou ainda a hora a que a partida foi disputada (17h00) e o contributo que isso deu para uma grande assistência em Alvalade (38405 espetadores). «A hora do jogo ajudou e muito na boa assistência. Levou a que as famílias viessem ao futebol com os filhos. Assim parece que o futebol tem mais vida e mais alegria. Se passa por aí ter mais público por mim tudo bem».