O Sporting chegou esta noite ao Bonfim na perspetiva de quebrar um jejum de vitórias fora de Alvalade que perdura desde 30 de Outubro de 2011, desde a deslocação a Santa Maria da Feira. Perante o Vitória de Setúbal, os leões deram a primeira parte de avanço e pagaram caro os erros cometidos no Bonfim.

Sá Pinto apostou em Arias e Ribas no onze, dando sequência à rotatividade de alguns elementos. Hoje saíram João Pereira e Wolfswinkel da equipa, mas o Sporting deu-se mal com as mudanças e com uma equipa sadina muito organizada e aguerrida, por mérito de José Mota.

Aos 10’, o ataque sadino deixava o primeiro aviso, com Targino a rematar ao poste. A ameaça seria concretizada aos 20’, por Bruno Amaro, que remata para a baliza onde Xandão ainda tentou evitar o pior com um corte em cima da linha, mas o golo foi mesmo validado por André Gralha, perante os protestos do Sporting.

O golo deixava a nu as debilidades do Sporting: uma enorme lentidão de processos e falta de organização no meio-campo. Carriço não conseguia controlar as operações e Schaars e Elias pareciam muito abaixo do nível habitual. 

Targino e Miguelito voltaram a colocar a baliza leonina em sobressalto e o Sporting tardava em despertar. Só aos 38 minutos é que Elias foge na área do Vitória, com a cumplicidade de Capel, mas é desarmado no momento do remate. Muito pouco para os leões em 45 minutos.

Após o intervalo entraram Matías e Carrillo, numa aposta clara de inverter o rumo do jogo. A atitude era agora também outra e o Sporting começou a encostar os sadinos à sua baliza. O médio chileno começou a orquestrar a equipa, abrindo espaços e criando perigo com os seus movimentos de rutura.

Exemplo disso foi aos 68 minutos, quando entra na área e parece sofrer carga para penálti, mas André Gralha volta a não atender à contestação leonina. O Sporting continuou a pressionar e a criar várias ocasiões, mas sempre sem eficácia suficiente para bater o guardião Diego.

O brasileiro seria ainda insuperável aos 84’, ao defender um penálti de Matías, após uma falta duvidosa na área sobre Rubio. O Sporting falhava a melhor ocasião em todo o jogo e depois nem a subida de Rui Patrício à área evitou a derrota.

O apito final deu asas à festa sadina e à revolta leonina, gerando-se uma enorme confusão e que terminou mesmo com a expulsão de Carrillo.

O Sporting está assim no quarto posto, com 38 pontos, e pode ser ultrapassado pelo Marítimo, caso os madeirenses vençam em Guimarães.