O plantel do Vitória de Guimarães, sexto classificado da Liga de futebol, deu hoje um ultimato à direção demissionária para, até segunda-feira, regularizar os três meses de salários em atraso dos jogadores.
Num comunicado, os "capitães" Alex, João Alves e João Paulo começam por lembrar que «é do domínio público que a equipa de futebol profissional do Vitória se debate, desde há uns meses a esta parte, com significativos atrasos no pagamento de salários» e que esse «problema assume já contornos de insustentabilidade».
Segundo os jogadores, o presidente da direção demissionária, «já depois de falhadas outras promessas», comunicou «que a regularização dos compromissos financeiros tinha data marcada para esta semana», mas após reunião com os "capitães" e o treinador principal na terça-feira, «Emílio Macedo da Silva sugeriu a dilatação do prazo para a resolução do problema até à próxima segunda-feira».
Por isso, o plantel só subiu hoje ao relvado para treinar uma hora e meia depois do estipulado porque esteve a debater a situação no balneário.
«Esta quarta-feira, a equipa decidiu, uma vez mais, aceder ao pedido do presidente do Vitória. Sendo certo que esta será a última cedência da nossa parte, convocamos para o início da próxima semana uma tomada de posição conjunta, no caso de incumprimento do prazo combinado», pode ler-se.
A tomada de posição conjunta não foi especificada, mas fonte do plantel avançou à Agência Lusa que esta pode passar por uma greve aos treinos por parte dos jogadores.
Os "capitães" asseguram que o «grupo de trabalho agiu continuamente de boa-fé e manteve a concentração total no respeito pelo símbolo que orgulhosamente representa».
«A garantia que deixamos a todos os vitorianos é a de que nunca nos demitiremos das nossas responsabilidades, pelo que, tal como tem sido a nossa conduta habitual, prepararemos o jogo com o Olhanense [domingo] com a mesma determinação de sempre», lê-se.