Henrique Calisto justificou desta maneira a ausência do defesa Javier Cohene, utilizado a meio da semana num jogo-treino em Ribeirão e uma das cinco ausências forçadas numa equipa muito debilitada em termos de opções.
«Se fosse uma final, [o Cohene] podia jogar, mesmo não estando a 100 por cento. Mas, como o campeonato não acaba aqui, temos de abordar o jogo com jogadores disponíveis a 100 por cento», disse Calisto.
O técnico da formação nortenha insistiu no tema e lembrou que os problemas começaram «há um mês» na defesa, com as intervenções cirúrgicas de Javier Cohene e de Tony, obrigando a «readaptações», mas hoje alargaram-se ao ataque, face às ausências de Manuel José e de Michel.
«A Académica é uma equipa que joga bem, vai jogar em casa e está moralizada pelo bom resultado frente ao FC Porto, por isso temos de ter jogadores a 100 por cento», sublinhou o técnico.
Calisto admitiu «uma ou outra alteração ou pormenor a estar mais atento na Académica» e revelou «pensar o suficiente» no adversário, por considerar mais importante trabalhar e manter os princípios, modelo de jogo e organização do Paços de Ferreira.
«Estamos conscientes de que uma vitória nesta fase crucial poderá quase garantir-nos a permanência, mas, se não for agora, ainda haverá outras possibilidades pela frente», referiu.
O treinador pacense aproveitou ainda a conferência de antevisão ao jogo de Coimbra para reiterar o seu apoio ao alargamento da Liga de futebol de 16 para 18 clubes e à realização de uma “liguilha” a quatro, envolvendo os dois últimos classificados da Liga e os terceiro e quartos classificados da Honra, para definir promoções de descidas.
O Paços de Ferreira, 12.º classificado, com 21 pontos, defronta a Académica, no décimo lugar, com 23, pelas 16 horas de domingo, num jogo que será arbitrado por Pedro Proença, de Lisboa.