O avançado Caetano, do Paços de Ferreira, disse hoje acreditar que podia ter jogado mais numa «época de grande aprendizagem» e fez depender a sua continuidade da vontade dos responsáveis do clube da Liga de futebol.
«Não pensava que a época ia ser assim, pensava jogar um pouco mais, mas a equipa estava bem. Foi um ano importante, aprendi muito e percebi que o futebol não é só um mar de rosas», disse Caetano, em declarações à agência Lusa.
O vice-campeão do mundo de sub-20 alega que o pós-mundial da Colômbia «foi complicado», depois de uma época com algumas lesões, pois retirou-lhe a pré-temporada e descanso.
«Quando cheguei do Mundial senti-me debilitado fisicamente e só recentemente, creio, consegui estar ao nível dos meus colegas», sublinhou, destacando, por outro lado, a visibilidade «muito grande» proporcionada pela participação no Mundial de sub-20, o que garantiu «mais mercado internacional».
Caetano tem mais dois anos de contrato com o Paços de Ferreira, mas a sua continuidade no clube não está garantida, tendo em conta o seu principal interesse de jogar com mais regularidade.
«Vou esperar pelo fim da época, falar com os diretores e ver se contam comigo. O que eu quero é jogar, e, se puder ser aqui, melhor, pois gosto do clube, dos adeptos e estou perto de casa», explicou.
De momento, todas as atenções de Caetano e dos companheiros estão concentradas no jogo de Olhão, no sábado, na 26.ª jornada da liga portuguesa, que poderá garantir a permanência ao Paços de Ferreira, depois de uma «época atípica».
«Sempre acreditámos que podíamos dar a volta à situação, apesar das muitas mudanças de treinadores e do plantel curto, mas de grande qualidade, e o jogo com Setúbal (2-1) marcou a mudança. As vitórias trazem vitórias e confiança, embora confesse que cheguei a temer quando eles marcaram primeiro», disse Caetano.
O avançado, de 19 anos, vai ser opção para o "onze" pacense frente ao Olhanense, «uma equipa sempre complicada e com jogadores rápidos na frente», e a receita, garante, é «lutar até ao fim e tentar pontuar», para arrumar já as contas da permanência, e, num plano pessoal, «desfrutar» da oportunidade pela qual tem trabalhado.