O Sporting de Braga acusou hoje a direção recém-eleita do Vitória de Guimarães e o seu vice-presidente Luís Cirilo de incitamento a clima hostil depois de um conturbado jogo da equipa júnior em Guimarães.

Segundo fonte do clube bracarense, o jogo realizado no campo 3 do complexo desportivo vitoriano, que terminou empatado (2-2), ficou marcado por diversas situações adversas em relação aos jogadores "arsenalistas", como o «arremesso de bola de golfe e pedras e o rebentamento de petardos sempre que a equipa se aproximava da baliza adversária».

No final do encontro, de acordo com a mesma fonte, a comitiva do Sporting de Braga teve de esperar mais de uma hora no complexo do Vitória de Guimarães porque as forças policiais entenderam que «não havia condições de segurança».

«Descobriram algumas dezenas de pessoas nas imediações do complexo munidas de bolas de golfe e que se preparavam para fazer uma emboscada ao autocarro», relatou à agência Lusa.

Segundo a mesma fonte, «o principal rosto da culpa disto, por incitamento ao clima hostil, é a nova direção do Vitória de Guimarães, porque um dos seus vice-presidentes, Luís Cirilo, veio recentemente dizer que o corte de relações com o Braga era para manter e que essa tinha sido uma das poucas boas decisões da antiga direção».

«Luís Cirilo foi governador civil de Braga e é uma pessoa que devia ser o exemplo pelas funções que desempenhou, mas acaba por ser o rosto do lado mais triste do desporto, tendo alimentado um clima hostil entre os dois clubes em semana de um jogo destes», disse.

Assegurando que o Braga continuará a ter «uma postura positiva em todas as frentes», a mesma fonte revelou ainda que o autocarro bracarense foi mesmo atingido por objetos (que não identificou porque a viatura prosseguiu a marcha), mal o acompanhamento policial terminou, em plena autoestrada, mas não provocou danos pessoais nem males avultados no autocarro.