Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), sublinhou, esta segunda-feira, que caso a Liga pare a União de Leiria é o único responsável. Logo seguido da Liga de Clubes.

«Por certo que o responsável não sou eu nem os jogadores da União de Leiria. A responsabilidade é do clube e logo depois da Liga. A Liga tem de ter mecanismos que resolvam este problema. Se os clubes escapam ao licenciamento e chegam a este ponto, então a Liga tem de ter um mecanismo para ajudar os jogadores nestes casos. Em Espanha  a Liga tem um fundo previsto para estes casos. A Liga deve procurar uma solução, seja através dos direitos de TV ou de outra forma. Mas entretanto o que se anda a discutir é o alargamento e outros assuntos muito menos relevantes», disse o dirigente em declarações ao site do SJPF.

Evangelista revelou que tem falado com os dirigentes dos clubes cujos salários estão em atraso e que estes «se vitimizam» e não há «ninguém que aborde o Sindicato com propostas para resolver os problemas de forma honesta e corajosa».

O presidente do SJPF deixa ainda o apelo «às formas vivas da cidade de Leiria» para que «tomassem uma posição», pois «estes jogadores precisam de apoio».

«Também não compreendo o silêncio das pessoas com responsabilidades. O Governo já falou de arbitragem, então que venha a público manifestar-se sobre a vergonha dos salários em atraso, que do nosso ponto de vista é uma questão central. Aliás, se o primeiro-ministro quer que todos os portugueses cumpram, então o futebol não pode ficar fora dessa responsabilidade», sublinhou.

Os jogadores da União de Leiria entraram com um pré-aviso de greve para o jogo com o Feirense e só é levantada a greve caso sejam pagos os três meses de salários até sábado, domingo não jogam com o Feirense.

A comissão de licenciamento da Federação Suíça de Futebol (LSF) recusou hoje a licença a 11 clubes, entre eles o Servette, treinado pelo português João Carlos Pereira, principalmente por razões financeiras.