O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) afirmou este sábado acreditar «convictamente» no futuro do futebol profissional português, garantindo que a instituição vai trabalhar para os clubes aumentarem as suas receitas.

«Como presidente da Liga, acredito, convictamente, no futuro do futebol profissional em Portugal. Todos sabemos que os tempos que correm são de dificuldade, e de desafio, mas também sabemos que o futebol profissional em Portugal tem fortes potencialidades», disse Mário Figueiredo, no discurso proferido durante o jantar de comemoração do centenário do Olhanense.

Para o líder da Liga de Clubes, a sustentabilidade do futebol profissional é «o principal desafio» de todos os agentes futebolísticos nacionais, na altura em que se vive «um tempo de urgência em Portugal».

Mário Figueiredo sustentou que todos devem «cultivar» sentido da responsabilidade, na gestão das organizações e no dia a dia, e acrescentou que esse pilar «exige um trabalho sereno e sustentado, a união de todas as instituições do futebol para que o mérito e o desempenho sejam sempre premiados».

Neste caminho, o responsável acredita ser preciso «pugnar pela introdução de novas medidas que reforcem uma sã e equilibrada competição entre os clubes», também a nível financeiro.

Para além das chamadas regras de “fair-play” financeiro, a Liga implementará a introdução de um fundo de garantia salarial que permita fazer face «aos casos mais graves de incumprimento salarial», ajudando jogadores em situação «comprovadamente difícil» e castigando os clubes onde esses casos ocorram, revelou Mário Figueiredo.

Por outro lado, o dirigente considerou que as atuais «receitas não se mostram suficientes» para que os clubes encontrem equilíbrio financeiro, sendo necessário «descobrir novas fórmulas para aumentar as parcas receitas» dos emblemas nacionais.

«A Liga, enquanto entidade que representa todos os clubes profissionais, está fortemente empenhada em encontrar soluções que contribuam para ajudar os clubes a encontrar as fontes de financiamento necessárias para um futebol mais competitivo e sustentável. Parece paradoxal, mas é possível encontrar formas de maximizar receitas», sustentou.

Obter o «justo retorno» das apostas online e maximizar as receitas das transmissões televisivas nacionais e internacionais foram dois exemplos transmitidos por Mário Figueiredo.

Sublinhando a existência de «atletas de excelência» e de «grandes treinadores», o dirigente realçou que «a qualidade» dos clubes lusos e da Liga portuguesa «é, hoje, uma marca» que se pode «aproveitar cada vez mais a nível internacional».