O ex-internacional português, em entrevista à agência Lusa, resume os atribulados momentos que o clube minhoto viveu esta temporada em poucas palavras: «uma vergonha».

«Sinto-me envergonhado pelo que têm sido os últimos tempos do Vitória. Então esta situação de não irmos às competições europeias é vergonhosa para nós. Contudo, é nestas alturas que se veem os vitorianos. Temos que estar unidos, pensar de forma positiva e apoiar o clube porque estamos fragilizados em vários aspetos, mas o clube tem potencial para sair desta situação. É importante é que haja um projeto e dedicação exclusiva ao que se está a fazer», disse.

Quanto à nova direção liderada por Júlio Mendes, em funções há cerca de um mês e meio, disse ser necessário «aguardar mais algum tempo". 

«O Vitória pior não podia estar, com salários em atraso, com a falta de inscrição na Liga Europa... mas os vitorianos são para a vida, não são apenas nas vitórias, e o clube vai contar para sempre com esta imensa e tremenda massa associativa», disse.

Meira deixou ainda elogios aos jogadores e à equipa técnica que, «com todas as dificuldades que tiveram, fizeram um grande trabalho».O jogador sempre manifestou que gostaria de concluir a carreira no Vitória de Guimarães, onde começou a jogar, e o regresso ao D. Afonso Henriques esteve para acontecer na última época.

«Não se pode falar só na minha vontade porque se assim fosse já cá estava. No ano passado, não houve essa vontade de todos e quando assim é não vale a pena entrar num projeto. A minha vontade seria, de facto, terminar no Vitória porque sempre foi o meu clube do coração e sempre será, independentemente das pessoas que lá estão. Elas passam e a instituição fica e eu sou apaixonado pelo Vitória e não pelas pessoas que lá estão», atirou.

No espaço de «um, dois meses», o jogador quer decidir se prossegue ou não a carreira.