O presidente do Gil Vicente afirmou à agência Lusa que o objetivo para a próxima época futebolística volta a passar por fazer um campeonato tranquilo, prevendo entrar na luta pela Europa só «dentro de quatro ou cinco anos».

À margem das comemorações do 88.º aniversário do clube de Barcelos, António Fiúza falou em «andar pelos lugares do meio da tabela», depois do nono lugar conseguido em 2011/2012, sem esquecer uma histórica presença na final da Taça da Liga.

«Tenho dito que este clube tem condições para lutar pelas competições europeias, mas isso só acontecerá dentro de quatro ou cinco anos», frisou.

Para já, as prioridades são outras: «Nesta altura, estamos empenhados em concluir o saneamento financeiro e estruturar melhor o clube, nomeadamente na parte desportiva, com o diretor desportivo (Aloísio), e futuramente com o diretor de comunicação. Estamos a criar condições para que num futuro próximo possamos lutar por objetivos melhores».

«Neste momento, somos mais fortes do que eramos ontem e, estou convencido de que amanhã seremos mais fortes do que somos hoje. Não tenho dúvidas de que, se existem clubes com margem de crescimento, o Gil Vicente é um deles», disse à Lusa.

Relativamente à recente polémica do alargamento, António Fiúza, um dos seus grandes apoiantes, referiu que «os pequenos e médios clubes estão mais unidos hoje do que estavam antigamente e apercebem-se que só com essa união podem conseguir alguns objetivos».

«O movimento de Fátima tem vindo a fazer algumas reuniões para reivindicar algumas coisas que podem melhorar o futebol português. Ao contrário de muita gente, que pensa que o alargamento não é benéfico para o futebol, eu acho o contrário», afirmou o líder do clube de Barcelos.

Fiúza deixou exemplos: «Basta ver as melhorias que alguns clubes fizeram nas suas infraestruturas, como o Olhanense, o Portimonense e, ultimamente, o Feirense, que fizeram obras nos seus estádios, conseguiram infraestruturas condignas, têm as suas contas mais ou menos estáveis e não têm salários em atraso».

Segundo o líder do clube de Barcelos, os “pequenos” precisam de mais jogos: «As equipas pequenas só fazem 30 jogos oficiais para o campeonato, mais três ou quatro para a Taça de Portugal e da Liga. Isto equivale a 35 fins de semana, e, para as 52 semanas que tem o ano, sobram 17, o que dá quatro meses sem competição».

«Penso que isto é mau para o futebol português. É preciso dar mais competição às equipas pequenas. Para além disso, existem as receitas televisivas e uma discrepância dos clubes pequenos para os grandes. Nós não queremos que se retire aos grandes para dar aos pequenos, o que nós queremos é aproximar os pequenos dos grandes, para que o futebol possa ser mais competitivo no futuro», explicou à Lusa António Fiúza.

Nas comemorações do 88.º aniversário, o Gil Vicente homenageou Joaquim Pereira Gomes, um dos sócios mais antigos, o ex-presidente Abílio Martins, a título póstumo, bem como os futebolistas que serviram o clube nos anos 60 e 70 do século passado.

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